14 de set. de 2012

Atualizações

Artur com th não conseguiu seguir a frente. Mandou algumas mensagens para Sofia mas algo o segurou, algo o impediu de prosseguir. Seu senso moral de alguma forma o dizia que aquilo era errado. Não é como se ele fosse realmente trair alguém mas ele simplesmente parou de falar com Sofia. As outras vezes que cruzou com essa bela mulher na rua ele simplesmente a olhava sorridente e dizia "oi", mas nunca parava de caminhar. Ele ainda tinha sentimentos por ela mas ainda assim não achava que era certo.

Meses se passaram. Sofia já nem se lembrava mais de Artur com th, tudo o que ela queria era transar, transar e transar. Chamar os homens para aquele momento em que não ligamos para mais nada, só queremos saber de prazer. Sofia gostava muito das lojas eróticas que eram espalhadas pela cidade, era difícil para ela acreditar que a ideia de uma loja exclusiva para sexo não tivesse surgido da mente de algum demônio do prazer, mas meros humanos. Era incrível, todos aqueles aparatos do prazer, correntes, fantasias, consolos, vibradores, masturbadores, alargadores e muitos outros brinquedos que deixavam qualquer incubus e sucubus orgulhosos por saber que seus trabalho tinham obtido resultados materiais. Foi em uma dessas lojas que ela encontrou Maurício, ela estava surpresa de encontrá-lo ali, não por duvidar que ele frequentasse este tipo de ligar, mas pelo fato de ele aparentar que sabia que ela estaria ali.

- Olá Sofia, como vai sua cota? - Disse Maurício com um sorriso no rosto já sabendo qual seria a resposta.
- Quer mesmo que lhe diga, para que você fique com inveja?
- Este mês consegui cumprir minha cota. Incrível, não? Sofia ficou espantada, inclinou sua cabeça para traz. - Agora, isso sim é uma novidade.
- Dediquei o tempo que me sobrou para fazer uma pequena pesquisa. Lembra-se de Arthur?
- Aquele perdedor, que não tem confiança nenhuma na vida? Ele deveria se tornar Padre caso não fosse ateu.
- Pois é ele mesmo. Descobri que ele tem um probleminha, ele só consegue se masturbar, ou ganhar uma ereção, depois que enfia algo em seu anus.
- Hmmm. Que interessante, mas não é novidade. Tem um site dedicado a isso basta fazer uma pesquisa rápida. O que seria importante em saber isso?
- Sei que não é novidade mas o interessante é saber por quê ele faz isso.
- E... - Falou Sofia entoando longamente.
- Oras, começou quando ele era adolescente, uns 14 anos. Ele sempre foi alguém meio desligado, de poucos amigos.
- E por que você está me falando isso? Nem estou mais interessada neste caso mesmo.
- Eu estou, mas não posso mudar meu gênero, e isso seria crucial. Quero realizar meu desejo através de você.
- Então você quer me usar, para cumprir mais um projeto longo e chato! O que eu ganho com isso?
- Bem, não há muito o que barganhar de minha parte. Você sabe que não tenho poder algum em nosso ramo, sou alvo de zoações constantes. Mas me dê seu preço e eu farei sem problemas.
- Então você, Maurício, aceitaria me dever um favor? - E soltou uma gargalhada alta - Você sabe que em nosso meio favores possuem um grande valor. Está disposto a me dever este tanto?
- Como eu disse, farei sem problemas. Sei que os incubi e sucubi não devem ser confiados e talvez um dia você me deixe em uma situação realmente desesperadora mas estou ok. Quer saber o resto?
- Certo então. - Sofia tinha eu seu rosto um sorriso malicioso. Ela estava contente só por ter um crédito com Maurício, algo que ela pensava e desejava que ele se arrependesse algum dia.

O plano de Maurício consistia em reacender a primeira paixão de Artur com th, a primeira menina que quebrou seu coração repetidas vezes em menos de 6 meses. Renata era uma menina linda, que apareceu em sua escola na oitava série, ele se apaixonou logo, mas ele era um garoto, de certa forma, inocente, e ingênuo. Ela começou a namorar logo com um dos garotos mais populares da sala, era forte e engraçado. O cômico nisso era que se Artur com th falasse qualquer coisa em sala de aula, toda a turma iria rir de sua cara, mas se esse rapaz falasse exatamente a mesma coisa, mesmo logo em seguida a Artur com th, as pessoas virariam e diriam "nossa, é verdade", "pô você disse certo" e "é isso aí". O rapaz não é a questão aqui, mas Renata. Ela ficou com ele e logo terminou, depois ficou com outro, e terminou também logo em seguida. Voltou para o primeiro, ficou com um outro (feio de doer) enquanto Artur com th sempre ficava esperançoso que um dia chegaria sua hora.

Ela era a mais visada de toda a escola mas ele sabia que ninguém sentia por ela o que ele sentia. Um dia, de brincadeira ele virou para ela e perguntou: Sim ou não? Ela interpretou aquilo como um pedido, o que para ele não fazia sentido, sua ingenuidade o fez repetir a mesma brincadeira que os colegas de sala faziam só para zoar o outro. Se ele respondessem sim, você olhava de canto de olho e fazia "hmmmmm sei" e logo caía na gargalhada, se dissesse não o mesmo aconteceria. Fazer essa brincadeira com Renata era colocar uma corda em seu pescoço e esquecer todas as chances que se queria com ela. Sorte de Artur com th. Ela falou com umas amigas e voltou a Artur com th e disse Sim. Artur com th percebeu naquele momento que aquilo não era brincadeira, ela havia dito sim num pedido para ficar. Suas expectativas foram às alturas. Mas ela não queria ali, naquele momento. Teria uma festa em outro dia na casa de uma amiga e lá eles ficariam. 

No dia da festa Artur estava todo esperançoso, esperou pacientemente anoitecer, para aparecer a oportunidade perfeita. Quando ele chegou a ela, para conversar mais intimamente, ela disse que estava interessado em outro, e toda aquela baboseira de ele ser um rapaz bacana e que tudo ia dar certo para ele. Por fora ele estava ok, mas por dentro ele queria jogar um pedra na própria cabeça. Quando chegou em casa ele ficou horas no chuveiro, chorando, perguntando o porquê. Com o tempo ele entendeu que ela era uma vadia, alguém que realmente não era para ele ou o contrário. Ela saiu da escola no ano seguinte e sumiu de sua vida. "Ainda bem!", ele pensava. Não tinha mais que lidar com ela.

A verdade que esse acontecimento mudou Artur com th. Ele deixou sua ingenuidade de lado, passou a ser mais calado, menos brincalhão. Quando uma menina mostrava interesse por ele, ele "comia e jogava fora". Ainda tinha dificuldades para ficar com meninas que ele queria, mas as que queriam ficar com ele, era fácil. Esquecia de tudo, realizava suas vontades e sumia da vida das mulheres, não estava nem um pouco interessado em ter mais de uma relação com a mesma mulher, quando elas ligavam chamando-o de volta ele às rejeitava como roupa velha e suja. Passava horas em seu quarto se masturbando, horas no banheiro se masturbando. Não fazia outra coisa a não ser se masturbar e quando surgia um oportunidade transava, mas não era tão recorrente. Fosse ele ainda essa pessoa, Sofia não teria problemas em realizar sua missão. Mas algo o modificou, nem Maurício sabia dizer o que. Talvez sua própria forma de ver a vida, o sexo, os amigos. Artur com th tornou-se outra pessoa. Alguns dizem que isso acontecem quando humanos crescem e se tornam adultos. Mas nem Sofia nem Maurício acreditavam ser essa a causa.

- E qual é seu plano Maurício? Isso não parece divertido para mim.
- Oras, é simples. Você vai trazer a Renata de volta.

9 de jun. de 2012

Colocando o plano em prática

"Não sei como o Maurício tem tanta paciência para esses projetos longos, já estou cansada de ficar passando por esse cara tímido, tentar tirar dele alguma iniciativa, vou fazer a coisa do meu jeito agora. Não mais orçando olhares, não mais aparentando inocência, não mais correndo no parque, seguindo-o fingindo que seus encontros com mulheres belas e de pele macia tem sido obra do mero acaso." . Sofia já estava a semanas neste projeto, ela sempre cumpria sua cota mensal muito rapidamente e suas conversas com Maurício a convenceram a iniciar algo mais duradouro. Maurício sempre foi tão metódico na arte de seduzir, sempre se preocupando com os mínimos detalhes, de tal forma que as pessoas se apaixonam não por ele mas pelo tentar conquista-lo. Sofia tinha problemas com esses projetos porque isso necessitaria de uma leve paixão aparente da parte dela, ela não conseguia esboçar isso, suas facetas sempre foram a da mulher ousada, que gosta de sexo, nunca fez o ar de boa moça e isso a deixava impaciente. Mudava seu rosto e sua fisionomia para criar um costume na sua vitima, se varias mulheres olhassem para ele e deixassem a entender que ele é atraente - o que de fato era - e que ele não tinha motivos para ser tão tímido, talvez ele chegaria algum momento em uma delas e isso facilitaria seu trabalho. . Neste dia ele foi a um bar, ela já sabia de seus planos, e ficou na mesa ao lado também com alguns amigos, entre eles Maurício. Sofia por vezes trocou olhares sorridentes com esse rapaz tímido cujos amigos o deram confiança para falar com ela, oferecer um drink quem sabe. Parecia no entanto que o medo de um fora o rodeava, a sua timidez deveria ter alguma relação com um acontecimento de sua juventude, alguma menina otária o havia recusado, trocado-o por um playboyzinho de merda. Sofia conhecia todos os casos, conhecia a mente do homem melhor do que qualquer outra mulher comum, sabia de todas as coisas que podiam causar certos traumas, certos conflitos na mente masculina. Um dos amigos do cara ficou botando pilha pra ele ir, os outros já tinham perdido a fé, tinha alguns que sacaneavam, diziam que iam lá no lugar dele, teve um que realmente foi no lugar dele. . Tentou puxar assunto com aquela bela moça, ela sorriu e disse em seus ouvidos: "só quero que você traga o seu amigo da ponta". Com um olhar surpreso de rejeição ele puxou seu amigo tímido e sentaram-se a mesa com Sofia, Maurício e alguns outros belos homens. Sofia finalmente começou uma conversa com o tímido, seu nome era Artur, com th. O outro amigo que trouxe Artur com th ficou conversando com aqueles outros belos homens, depois este mesmo homem participou de uma orgia onde foi penetrado por todos seus orifícios possíveis, sem acreditar que sentia tamanho prazer em ser vitima de um "gang bang", três caras tomando conta de seu corpo nu, e ele sem conseguir, e nem mesmo querendo, esboçar reação qualquer. Sofia deu seu número para o Artur com th. O dia seguinte era dia de trabalho e a noite não pôde ir muito longe. O segundo passo havia sido dado.

27 de mai. de 2012

Me apaixono a cada olhar

O que tenho que fazer? Olho para um lado e me apaixono por um olhar, viro para o outro e um farto par de seios tira minha atenção sobre qualquer outra coisa. Pernas balançam suavemente em minha frente, quando as vejo subindo escadas então, é uma perdição. A definição muscular, a flacidez da pele, parece que nada me desagrada quando olho, melhor ainda quando sinto, a pele das pessoas. O que mão gosto mesmo é ver uma pessoa realmente feia, cuja cara lembre o semblante de um sapo, olhos separados, nariz afundado, testa avantajada, torso largo e curto, mãos e pés desproporcionais. No trabalho senta a minha frente uma linda mulher, baixa, cabelo esvoaçado com uma mistura de loiro com castanho, seu olhar é inocente e sutil, sua voz é a mesma dos anjos. Me apaixono. Na volta para casa sempre cruzo por essa outra mulher, cabelos bem pretos, um olhar muito mais penetrante, ela vê no fundo de minha alma, sempre está com um cigarro na mão. Não trocamos uma palavra se quer, mas nossos olhares sempre se cruzam, eu fico vermelho ao tentar esboçar um sorriso, ela sorri de volta. Me apaixono. Aos finais de semana corro pela praia, pela montanha, pela rua, por onde quer que eu vá vejo belas formas, lindas mulheres, algumas eu até consigo puxar uma conversa, outras puxam uma conversa, muito melhor quando se dá assim, fico menos nervoso, mas ainda assim me tremo todo, digo que sinto frio do vento, algumas vezes nossos braços se tocam e não tenho como impedir o arrepio que sobe na minha espinha, os pelos de meus braços se eriçam completamente. Me apaixono. Não consigo evitar, cada olhar, cada sorriso, cada toque. Essa timidez me mata, mas não deixo de ser um apaixonado.

18 de mai. de 2012

Fruto de mitos e lendas

Foi-se o tempo em que era fácil exercer uma grande influencia sobre uma cultura toda. Maurício se lembra com carinho daquele momento antes mesmo de a Europa começar a se expandir, antes mesmo de as pessoas começarem a falar. Quantos anos isso lhe dava? Muitos, ele não era o mais velho mas ouviu historias em sua infância, ele mesmo pode aproveitar muito da ignorância dos homens, mais que cem, menos que mil, ainda assim o suficiente para ter muitas lembranças, boas e ruins, e se adaptar ao serviço, não só de sedução mas também à burocracia. Ele ainda era muito jovem, porém já dominava certos truques necessários, os seus favoritos eram os que impressionavam em massa, extremamente necessário para o que ele pretendia fazer, para o que os contos lhe ensinavam. Bastava procurar por um povo qualquer, que fosse afastado de qualquer outro, que não tivesse ainda impregnado em sua cultura aquela terrível noção de bem e mal, não há essa baboseira no mundo, apenas atos, seria tão bom se todos ainda vissem as coisas dessa forma. Tendo encontrado a vila ele começaria seu trabalho, uma aparição mística, com ar de divindade. Com certeza ele era uma entidade, apenas não tão divina como as pessoas pensavam que ele fosse. A partir daí era muito fácil, com sua capacidade de maratonista ele simplesmente efetuava coito com o máximo de pessoas, de preferencia todos da vila, homens, mulheres, velhos, jovens e crianças. O veneno já estava lançado e a veneração ao pênis era eminente. Nem era preciso dizer "venerem meu pênis", até porque ele não estava interessado que venerassem o seu pênis, mas o pênis, não necessariamente o pênis em si, mas o órgão genial. Repetidas vezes ele voltava para as tribos, tornando aquilo um rito anual, mensal, semanal. O que se queria era apenas o bacanal, o prazer.

10 de mai. de 2012

Senso moral

Levantando-se de um sonho, Maurício seguia para o banheiro. Precisava jogar água em seu rosto. Depois de tantos anos de vida, mesmo com a aparência de meros vinte e mais ou menos anos, ele achava que já havia sentido de tudo. Já havia vivido tudo, ainda mais sendo um demônio, que experiências podiam haver para serem vividas que ainda não o houvessem sido por aquele homem. No entanto, parecia que sua mente lhe pregava peças durante todas as noites e raras ocasiões durante o dia. Não lhe incomodava, de fato, que seus sonhos lhe pregassem peças ou brincassem com seus sentimentos, suas lembranças e mesmo sua percepção do mundo, afinal eram apenas sonhos. Secou a água de seu rosto e olhou no espelho. Seu rosto estava impecável, a beleza personificada, o sublime em terra firme. Observando toda aquela obra de arte, que não só ele mas toda a comunidade de incubi e sucubi possuía em sua pele, ele pensou como era inútil o fato de ter um espelho em seu banheiro. Seres tão perfeitos não necessitam da presença de um espelho. Pro resto da vida ele ficaria com uma alface em seus dentes. Melhor ter mesmo um espelho. Sorriu para o espelho com a boca esticada, checou a impecabilidade de sua dentaria, sentiu a fragrância da manha em seu hálito de anjo. Como era bom ser um demônio de aparências sem ter no entanto que se preocupar com aparências. E nessa linha indefinida de raciocínios e pensamentos, essa cadeia infinita de bobagens que passam por nossas cabeças, uma lembrança atingiu em cheio sua visão. Ele via aquilo acontecer diante de seus olhos. E lembrar daquilo não era bom. Esquecer as mulheres que ele havia tido relações por uma noite e ido para outro mundo, nunca mais vê-las, era isso que ele sempre fez. Mas por que lembrava agora de todas aquelas meninas que se apaixonaram por ele? Um sentimento de abandono por parte dele tomava conta de toda a sua mente. Um sentimento de culpa. Como assim culpa? Demônios não deveriam sentir culpa, isso é um sentimento muito cristão, muito impregnado de valores morais superficiais, um incubus não deveria ter tais sentimentos morais. Assim que passou a refletir melhor sobre seu aparente sentimentalismo ele parou de sentir. Mas ainda temia por ter em algum momento sentido, e principalmente sentido culpa. Como se a culpa possuísse um certo valor que transcendesse até mesmo os limites do inferno. Ainda temia aquele sentimento, ainda temia.

23 de abr. de 2012

Ditados Populares

Não há algo como traição nesse mundo. Ao menos não traição amorosa. A frase que dizem hoje é muito válida, "ninguém é de ninguém", melhor ainda é quando dizem que "tá tudo liberado". Durante o ano todo temos grandes eventos, que clamam por sacanagem, nessa terra da liberdade, onde o nome já denota o calor típico de uma churrasqueira. Carnaval, esse serve para os que não tem imaginação, nesse momento se permitem tudo. Passeata gay, requer um pouco mais de coragem, mas ainda assim héteros viram homos por uma noite sem se incomodar. Todo final de semana é tempo de começar as atividades, o estresse do trabalho, da vida sofrida é todo eliminado naquela hora em que estão beijando 15 e comendo e dando pra 10. Para não dizer que todo dia, não importa a hora, a linha do trem está bem movimentada, com fome, sede, falta de razão, sexo livre, barrigas grandes com fetos já desvirginados. Esse país pode ser chamado de inferno para alguns cristãos, mas estes devem lembrar-se que "quem ama o feio, bonito lhe parece", e para nós isso aqui é um paraíso, a terra da liberdade onde "é proibido proibir". Até o mais categórico dos homens, quando se encontra neste solo, sente o incontornável desejo de se soltar, isso não é feitiço nosso, mas maldição do chão.

11 de abr. de 2012

Explicações do serviço.

Maurício foi chamado ao departamento de produtividade sexual seção XIV.

"Explique a sua vida!"

"Apesar de não cumprir com a meta em 100% pelo terceiro mês consecutivo lhe asseguro que meus trabalhos todos foram efetuados com maestria, não sendo necessário regressar os serviços nestas mesmas mulheres."

"Diz então que os outros são incompetentes?"

"Claro que não vossa eminência, digo apenas que eles podem até conseguir cumprir a meta com extrema rapidez mas nenhum deles consegue ter a eficiência que eu aplico em minhas missões."

"Sobre esta menina, a Mariana, você a retirou de um dos nossos incubi, não reconhece as regras ao abordar as pessoas?"

"Senhor, a jovem não mostrou interesse em Roberto. Eu, em nenhum momento a puxei, apenas fiquei parado ouvindo-a e todas as vezes que Roberto regressava eu me retirava dando espaço para ele. Mas ele não conseguiu ainda, com todas essas chances e poderes, conquistar a menina sexualmente. Em minha defesa digo que não só a conquistei sexualmente como ainda hoje e por muito mais tempo ela estará perdida de amores por mim, também cuidei para que ela fique gravida."

"Sim, sim. Seus relatórios são bem completos. Seu trabalho é eficiente, apesar de não alcançar a meta. Sua vida continua tendo um sentido então! Volte ao seu trabalho."

6 de mar. de 2012

Globalização

É uma cidade praiana do interior, turistas vem aqui procurando tranqüilidade em todos os sentidos possíveis. Naquela mesa há uma mulher muito bonita, mesmo com seus quarenta e poucos anos, três meninos de oito ou nove anos cada sentam-se à mesa e ela conversa com eles. Eles querem chamar sua atenção, e ficam fazendo brincadeiras para ela. Dois homens bem velhos aparecem falando uma outra língua, parece francês, e também sentam-se à mesa. Um dos homens começa a fotografar os garotos, a mulher começa a filmá-los, o segundo homem pede um sorvete para os garotos. Não se preocupam em pedir para que os meninos façam pose, querem eles em sua postura mais natural possível. Suas peles novas e macias, seus cabelos ainda finos e sua inocência deliciosa. O homem da fotografia se retira, fala ao celular com certa excitação, aproveita que a cidade já possui pontos de internet sem fio e passa algumas fotos pelo seu tablet para uma espécie de catalogo. A cidade acabou de ser mapeada. Acrescentada na lista de cidades onde o turismo sexual pedófilo pode crescer sem problemas.

17 de fev. de 2012

O caçador

A brisa bate suavemente em meu rosto. Pássaros acordam com a aurora que ainda está por vir, mosquitos zumbem no meu ouvido. A natureza já está totalmente desperta e veio me dizer "acorde". O céu, agora, começa a ganhar uma cor diferente do manto escuro que se guardava acima das nuvens. O sol em pouco ira aparecer e dizer que finalmente é dia, a noite foi longa mas agora aproveitem meu calor. Nenhum de nós faz barulho algum, tememos nossa própria respiração.

Apesar de o mundo ser belo, há criaturas horrendas aqui, que não dormem e vivem de nós. Nossa carne, nosso sangue, nosso calor. Alguns de nós as caçam, muitos deles nos caçam. A briga parece desigual mas nós temos algo que eles jamais terão, são incapazes de ter. Esperança.

Ainda assim, mesmo com tantos demônios por esta terra os que mais me assustam são os mais belos. Tenho sorte de não me apaixonar por ninguém. Seus feitiços encantam o mais ético dos mortais. Até o papa seria presa fácil para eles com seus feitiços. Ainda bem que nunca vieram atras de mim, mas eu vou atras deles, é meu trabalho e minha obrigação. Pelo bem da minha terra, pelo bem de meu povo que teme por todo o tipo de monstro que vagueia por essa terra, devo lutar com as armas que Deus me deu e eliminar essa escória das planícies que nos cercam. Sou Marcelo, o caçador de sucubi.

4 de fev. de 2012

Conversa de trabalho

"Porra Maurício, outra vez você não cumpriu a meta do trabalho?"

"Sabe como é difícil conquistar as mulheres hoje em dia... Elas não cedem logo na primeira noite, até os homens homossexuais estão cada vez se fazendo de difícil. Estão sempre em busca do amor verdadeiro...."

"Mas o nosso trabalho é fazer com que eles percam esses valores familiares Maurício. Você fica perdendo seu tempo encantando pessoas, tem que conquista-las com o olhar"

"Pra você é fácil em Sofia, os homens não te dão trabalho algum. É só você chegar e encostar seu quadril neles que todos já perdem a razão, não querem nem saber. E do jeito que você é gostosa lhe garanto que eles se masturbam por você por um bom tempo."

"Por isso que você odeia as sucubi? Elas não tem dificuldades no trabalho? Porra Maurício, é porque você não tem que dar o cu e nem sofrer com os desprazeres dessa vida. Cada Pinto pequeno que já me apareceu. E cada coisa horrenda que já me rasgou."

"Pensei que vocês gostassem da dor?"

"Bem..... É um ramo do nosso trabalho, e aprendemos a sentir prazer na dor, mas após o sexo deixa de ser prazer e é apenas dor"

"E ainda assim você sempre da conta do triplo da cota. Ahh odeio sucubis porque o trabalho para vocês é muito fácil."

"Ei, não odeie o jogador, odeie o jogo!"

"Posso ao menos odiar os homens?"

"Sinta-se livre para isso, eles realmente são uns idiotas! Agora, numa coisa você tem que concordar comigo, nós sucubi, não recebemos mérito nenhum sobre o nosso trabalho. Nenhum pingo de reconhecimento. Já vocês, incubi, possuem lendas e mitos só para vocês."

"Vocês tem fama de galinha, nós de boto! O mérito nunca vem para nós mesmos, sempre para um outro cara vestido de branco e de chapéu. Hoje em dia se eu usasse chapéu jamais chegaria a metade da meta.... Ah minha meta, vou ter que me explicar pro supervisor do departamento!"

"Sabe qual o seu problema? Parece que você mesmo esta a procura de uma paixão, você espera muito das mulheres! Vá a um baile funk e coma todas e pronto!"

"Mas o meu trabalho não é transar. É fazê-las pensar em mim, se lembrar de mim, eventualmente carregarem com elas o meu fruto e esquecerem-se que existem outras pessoas para amar."

"Tinha me esquecido da diferença de trabalho entre uma sucubus e um incubus... É, sinto muito Maurício. Homens parecem incapazes de amar, mesmo a mim que tenho poderes para tal"

"Seu sarcasmo é muito claro, errei em algum ponto?"

"Claro que sim, né Maurício. Se você acha que nosso trabalho é facilitado por que homens não amam, ou até mesmo acha que nossos trabalhos são diferentes, esta muito enganado. Isto só torna o trabalho das sucubi mais difícil ainda. Sabe como é difícil encontrar um homem que tenha esse potencial para amar? Para depois então tirarmos tudo dele?"

"Mas uma coisa, Sofia, você tem que aceitar, homens com este potencial são poucos, mulheres aos montes, mas conseguir conquistar homens é muito mais fácil que mulheres."

"Você que continua indo aos locais errados! Você deve gostar de não cumprir a meta."

Ninguém continuou a conversa, então foi cada um para seu lado.

28 de jan. de 2012

Meu Rage Comic!

Ok, a história não tem mistério algum! Quem me conhece direito (minha mãe e minha namorada) sabe que eu sou meio que viciado em danette branco. Acho uma maravilha, e quando tenho disponível é um deleite!

Estou de férias em fortaleza com minha mãe, e minha vó. Acontece que tem esta tia que nunca gostei, que é freira, e é gulosa pra caralho. Ela só come e vê televisão!

Para vocês terem noção, antes do almoço ela está na cozinha, fazendo o que? comendo oras. Depois ela vai pra mesa e se serve cerca de 3 vezes, então ela volta pra cozinha e come mais. Aí fica estufada. Com este mal estar, ela decide tomar chá de casca de laranja. O que, por sua vez, corroi tudo (em outras palavras, faz a digestão por ela), então ela novamente fica com fome e volta a comer "escondida" na cozinha.

Ela é freira, e gorda. Eu NÃO ACEITO QUE FREIRAS SEJAM GORDAS. A lógica é bem simples, elas seguem por certos princípios, não quero que elas possuam todas as 7 virtudes divinas, mas pelo menos quero que elas não compartilhem de nenhum dos 7 pecados mortais. Gula é um deles. Por que freiras são gordas? vou te dizer, elas não fazem porra nenhuma. Apenas as noviças fazem todo o serviço, as freira só são servidas. O engraçado é que esta minha tia freira é aposentada e veio pra cá de férias.

COMO ASSIM CARALHOOOOOOOOOOOOOOOO???????????????? Ser freira é uma profissão da qual se aposenta? ela nunca pagou inss isso eu te asseguro, não deveria ter esse direito se ela não compriu com o dever do trabalhador.

Aceitando que freiras se aposentam (isso é ridiculo) mas vamos lá, como assim alguém aposentado tira férias???? vai me dizer que ela também tem direito a 13º? vai tomar no meio do...........

Outra coisa que me incomoda muito em minha tia é que ela não ajuda em porra nenhuma. Só come, caga (e faz questão de sujar o banheiro todo.. tenha medo do cesto de lixo, porque ela não esconde que limpou a bunda porcamente) e dorme, ahhh ia me esquecendo, abre power point no computador no último volume com mensagens sobre "O sentido da vida", o que eventualmente acaba acordando minha vó. mas deixemos isso de lado!

Outro dia estavamos minha mãe e eu na cozinha, preparando o almoço, lavando louça, enfim, coisas que temos que fazer quando não temos empregada, o que sempre acontece na folga dela, que é no final de semana, uma vez que não há mais escravidão as claras e todos tem direito ao seu devido descanso. Quando tinhamos concluído tudo, aparece minha tia freira e diz "precisam de ajuda?" ¬¬

Minha mãe com toda calma do mundo disse "de direções à cuidadora da mamãe porque ela é nova no serviço"

"ahh isso eu não sei fazer não, tem que ser com você"

Puta que pariu, aparece tarde pq sabe que na cozinha não terá mais nada pra fazer, e se lhe damos algo pra fazer ela não sabe... não sabe dizer pra moça como segurar na mão da vovó? como andar calmamente? como conversar? Porra vai tomar no cu freira desgraçada inútil.........

Chega de ira, já falei muito... agora o quadrinho irá falar por sí mesmo...

27 de jan. de 2012

A paixão desenfreada

Após três meses, Mariana sabia o que aquele enjôo significava. Mas eles haviam usado camisinha aquele dia na praia. Maurício a entregou assim que ela perguntou, ela mesma colocou a camisinha nele. Será que a camisinha havia furado? Ela não sabia, Maurício não acusou isto nenhuma vez naquela noite. Poderia ter sido para não preocupa-la, não, a camisinha não estourou, mas pode ser que tenha uma pequena chance dessas coisas acontecerem. Sua paixão por Maurício já subira para um novo nível, e o que ela pensava sentir agora era amor, o mais intenso amor. Se ela não iria ver Maurício novamente, isso só o tempo diria, mas o sangue do sangue dele agora estava em seu corpo. Isso não foi obra do acaso, isso foi destino.

Mariana ganhava a vida no circo, fazia malabares, andava na corda bamba, lia mãos e cartas. Também fazia piercings e tatuagens, sempre garantindo seu dinheiro extra para sobreviver. Ia ser difícil ter um filho com essa idade, mas o amor não iria deixar que nada impedisse. Ser mãe solteira também não seria fácil, mas tinha um rapaz no circo que gostava dela, será que ele casaria com ela? E depressa, antes que a barriga crescesse? Não, ela queria se guardar para o único homem que a fez se sentir viva. Mesmo que isso levasse uma vida inteira, de alguma forma ela achava que aquele bebe que ela carregava, um dia iria trazer o pai de volta.

20 de jan. de 2012

A apaixonada

A melancolia cercava seus pensamentos. A solidão que voltara a experiênciar era desoladora. Não agüentava aquele sentimento, aquela saudade tão repentina, tão apressada. As meninas no carro percebiam o vôo diurno de seus sonhos acordados, aproveitavam para tirar sarro, mas ela sabia que o ue elas sentiam era uma verdadeira inveja. Era o que ela sentiria caso a coisa tivesse se dado com uma das outras.

Sua ultima noite na praia fôra perfeita, a lua brilhava forte e alta, iluminava todos ao redor. A fogueira aquecia os corpos, copos e corações. A música era gentil com os ouvidos, mesmo apesar do volume elevado, e levava qualquer um a dançar com o ritmo em perfeita sincronia. Um homem jovem, por volta de seus vinte anos foi com ela dançar, e ela já sabia o que ele esperava. Que homem não seria sensível o suficiente para saber que mulheres não pensam só em sexo, uma boa dança, uma boa conversa, e, talvez o mais importante, um bom beijo. Mas ele era bonito, divertido e extrovertido. Muito diferente de outro rapaz, que estava desde cedo na mesma praia, porém sem dançar, nem perto da fogueira. Ele chamou sua atenção por estar simplesmente parado, longe de tudo e de todos, olhando para o mar e para a lua, como se eles três fossem velhos amigos. Roberto era o nome do jovem que estava com ela, ele estava também na companhia de alguns amigos, vinham de Natal e estavam aproveitando o final de semana nesta praia que mais parecia um paraíso turístico, muita bebida, muita festa e muitas mulheres, eles também não haviam se esquecido da maconha fácil que poderiam conseguir ali. Mariana estava com Roberto, logo seus amigos Breno e Alex e juntaram e Rafael um vendedor de baseados parou perto deles e vendeu-lhes um enrolado por 15 reais.

Mariana só pensava no quanto eles eram burros de comprar um cigarro de maconha por tanto dinheiro, mesmo nunca tendo fumado, ela conhecia muitos que o faziam e sabia que mesmo naquela cidade pequena não deveria ser mais do que 2 reais um baseado. Aquele garoto que olhava o mar e o luar passou perto e Rafael lhe cumprimentou com firmeza, falaram alguma coisa que ela não ouviu, até porque estava ocupada beijando Roberto. Rafael mandou que os outros dessem uma puxada para o cara que antes de tudo se apresentou a todos: "boa noite, sou o Maurício, prazer!". Tentou puxar conversa mas estavam todos os jovens apressados para fumar, Roberto nem se apresentou para o homem que acabara de chegar à roda, mas Mariana já havia parado de prestar atenção no homem que só queria saber de comê-la e se apresentou a Maurício como de costume, os dois beijos um em cada bochecha, terminando com um "prazer". 

Aquele homem misterioso que apareceu em sua noite foi o que faltava para tudo ficar melhor ainda, Roberto só a enchia o saco e os outros, ela nem conhecia direito. Maurício, Maurício não, ele era, o que ela mesmo falou para ele, um homem de verdade. Quieto, porém a entendia e compreendia perfeitamente, era como se ele estivesse ali só para ela. Ele era bonito, inteligente e a fazia rir. Roberto ainda apareceu umas duas vezes, nas duas vezes Maurício se retirou, era como se ele agisse de acordo com um código, isso o deixava ainda mais irresistível. Quando ficaram a sós ela lhe ofereceu uma bala, depois de muita conversa essa foi a primeira demonstração de paixão de sua parte, e ele com a língua passando em sua mão pegou as balas e com um beijo lhe passou uma das duas. Neste ponto ela já estava a mil, dois anos sem ninguém, dois anos, aproveitando o piercing que havia colocado no clitoris, se guardando para alguém especial, tinha medo de se machucar, mas ele era perfeito. "vamos ali comigo que eu quero fazer xixi" foi o que ela disse, não havia banheiro na barraca do luau mas era só se afastar para uma das barracas por perto e fazer ali mesmo, no escuro e solitário vão entre as barracas. Maurício a guiou para bem longe, ele falou que ele mesmo não gosta de fazer xixi perto de outros. Depois que ela terminou ele a puxou e o mundo caiu. Depois de dois anos ela não imaginaria que fosse gozar tão intensamente, tão repetidamente, ainda mais assim, na primeira noite com alguém, na praia, em baixo de uma barraca, à luz do luar.

A noite acabou, ele foi dormir e ela foi para o carro viajar. Algo dizia em seu coração que ela jamais encontraria aquele homem de verdade, e só restava a ela a nostalgia do momento. As meninas no carro poderiam dizer qualquer coisa, mas elas também viram o homem, também conversaram com o homem, todas se apaixonaram pelo homem. Maurício O Incubus.

15 de jan. de 2012

Memórias de um Incubus

Galera, aff quem estou querendo enganar, ninguém mais lê esse blog mesmo, nem eu entro mais aqui direito.......

Enfim, vou dizer pra mim mesmo escrevendo comp se tivessem varias pessoas lendo. Mesmo que isso soe improvável.

Bolei esse personagem já tem muito tempo, mas nunca falei dele pra ninguém, ninguém mesmo, e nunca tinha escrito nada, nada mesmo. Hoje eu escrevi uma história que me veio a cabeça e achei legal, mas não vou postar ela aqui ainda não. Deixa isso pra depois, quando eu tiver mais coisas já escritas.

Sobre a aventura de calcada eu parei, tinha bolado muita coisa bacana, muita coisa ficou escrita a mão mesmo, mas se alguém tiver a fim de ler me enviem um email que posso mandar a aventura por lá, quem sabe assim ela não fica publicada em algum lugar que alguém leia. Ah esqueci, ninguém lê isso aqui, então ninguém vai pedir por email mesmo.... Ms tudo bem, num futuro distante quem sabe?....?..

Essa história que pretendo colocar aqui é sobre Maurício. Ele é um Incubus. Pra quem não sabe se trata de um demônio que xaveca a mulherada, quem quiser mais detalhes procura na Wikipédia ou no Google. Hahaha. Como um boto, um Zé pilintra ou até mesmo o diabo, como já o descreveram um vez. A primeira história que escrevi é sobre uma menina chamada Mariana que se apaixonou por ele. Penso em fazer uma continuação ainda dessa parte. Mas o que achei mais divertido foi escrever um manual sobre como ser um Incubus ou uma sucubus. Esporadicamente colocarei essas coisas aqui, mas queria ver se alguém ainda lê isso aqui........

Vlw galera ( com isso quero dizer eu mesmo, pq ninguém mais lê isso aqui)