21 de dez. de 2010

um feliz natal

é o que eu e minha mãe desejamos a todos....

muita toskera isso aqui!!!

Personalize funny videos and birthday eCards at JibJab!

16 de dez. de 2010

estamos jogando (parte 1)

Galera, comprei um psp a algum tempo... e não consigo largar esse portatil.. muito bom, os jogos são muito divertidos e resolvi colocar aqui uns vídeos do que estou jogando no momento! Aproveitem...




esse eu já zerei, agora to no god mode... muito difícil mesmo!



todos os 3 estão tomando muito do meu tempo... descobri agora que vou ter que reiniciar o god mode do GoW pq perdi um baú.... merda... mas tudo bem!!!! vlw galera é isso e até a próxima!

15 de dez. de 2010

Seguimento

Ficou claro que agora as férias chegaram. Junto com isto também chegam os amigos que moram longe. Vinda diretamente do nordeste com escala em Brasilia, a irmã mais velha de Alberto, Nathy Sobral. Ela sempre participou das bagunças que o grupo fez na casa dos irmãos (vide um famoso vídeo chamado "Cowboy viado", estrelando Aldo Cabeçuds como o Cowboy.... realmente que trabalho de arte foi aquele em?). Ela também é uma nerd como o irmão, mas ela perceberá que tem um potencial muito grande, o que pode lhe garantir um estagio muito bom.

Vindo de ônibus, ao menos o que parecia antes ser um ônibus, estão Igor e Caio Vilela, irmãos gêmeos que já eram amigos de Pedro ao se mudarem para o mesmo prédio, após reprovarem no segundo ano da escola, passaram a fazer parte da mesma turma que todos e viraram grandes amigos. Residem agora em Rolim de Moura, onde estudam agronomia. Como já estavam dentro de Rondônia e estavam ligado a um certo alguém, eles também perceberam a mudança, tanto no local como em seus corpos. Seus poderes, se assim preferirem chamar, consistem em uma certa empatia com a natureza e todas suas partes.

Reunidos agora em uma esquina qualquer estavam todos os amigos. Alberto, Aldo, Brenno, Caio, Igor (que já haviam sido interados sobre os acontecimentos na capital), Luis, Paulo e Pedro. Periquito sabia que tinha coisas para esclarecer. "Galera, o lance é o seguinte. Lembra que vocês estavam perdendo os poderes ontem? Pois é, acho que sei o que foi!"

— Então é melhor ir explicando essa porra logo. A gente nem entende essa história de ter poder!
— Então, sabia que isso estava tudo muito semelhante a algo que eu havia imaginado um tempo atrás. Quando eu fiquei em Montreal, eu escrevi uma história nesse caderno aqui. Nesse caderno ta escrito um monte de bobagem, coisas que me vinham à mente em momentos de saudade e aventuras que eu havia esboçado com meus amigos do RPG. Então, nesse mesmo caderno tem uma história de uma queda de um meteoro enquanto havia uma tempestade, esse meteoro concedeu poderes e uma certa mutação na população, vai ver é isso que ta acontecendo. Lembra aquele acidente de ônibus logo após a tempestade? Provavelmente foi porque o moleque que tava lúcido sofreu uma mutação e seu poder é atordoar pelo grito!
— Porra Prikitu tu viajou agora oh. De qualquer forma isso não explica ainda o porque a gente ganhou poderes e nem porque a gente tava ficando sem eles ontem.
— Então.... er, é tudo tão semelhante que eu acho que o que eu escrevi virou realidade. Tipo, os zumbis foram embora porque eu lembrei desse caderno, na realidade eles mesmos trouxeram o caderno a mim. Como se eu tivesse sido o criador deles e tudo que eu mandar é ordem. Vocês perderam os poderes porque eu entrei em pânico, ninguém acreditava em mim, nem mesmo eu! Se nem o criador acredita em sua obra o que será do que foi criado?
— Puta que pariu em... para de viajar. Mas pelo menos deu pra entender melhor essa merda.

Ainda assim, Pedro não conseguia ver tanto nexo nisso tudo. Aparentemente ele conseguiu uma resposta, mas não sabe ao certo se esta era a resposta correta. Afinal, foi ele o responsável por toda aquela destruição? Mesmo passando a acreditar em si mesmo, Pedro estava muito inseguro. Não podia ser responsável por tudo, não queria aceitar isso. Será que havia um outro Pedro? Um que dominasse melhor tais capacidades e que fosse praticamente a materialização da maldade pura? Alguém que realize tudo enquanto ele dorme, como um Tyler Durden? Tantas possibilidades, e ainda nenhuma segurança.

20 de nov. de 2010

ninguem vence essa bateria

agora que o gordo reviveu o blog (a um mês atras, mas eu só vi agora) hehehe

aproveito pra deixar aqui um vídeo que meu pai me mandou pelo e-mail

saca a bandinha chexelenta. hahahahahah

11 de out. de 2010

Para meus amigos nerds...






especialmente pro dex,periquito e nathy

28 de jul. de 2010

Mundos iguais

Deixe vosso narrador explicar melhor o que estava acontecendo com Rondônia, pois aparenta que ele não consegue ser efetivamente claro em suas narrativas. De fato o estado todo estava mudado, mas não só este estado, outros também demonstravam certas mudanças, talvez por estarem próximo ao rompimento espaço/temporal. Era o caso do Acre, que todos dizem não existir. Acontece que a atmosfera dessa região era altamente fragilizada pelo fato da descrença do resto do mundo nesta área, foi preciso apenas um pouco de magia para transformar tudo ali. As árvores, os animais, inclusive as casa e veículos agora eram coisas inusitadas, muito fantasiosas, do tipo que só vemos em sonhos e obras de arte que copiam os sonhos. Era como se todas as pessoas houvessem saído da caverna platônica e percebessem como era de fato o mundo, ele era aquilo, aquela magia no ar que a tudo transformava, o eterno devir, aquela luta incessante das forças apolínias e dionisíacas que guiam nossas vontades. Mas entendo agora que neste momento vosso narrador está é complicando mais a vida dos leitores, não auxiliando muito para a compreensão do mundo. Esqueça então a parte que começo a falar de Platão ou de Nietzsche.

A magia que foi necessário para tudo mudar provinha justamente de um caderno. Cadernos que podiam mudar a realidade para o que o escritor deseja-se. Mas sua magia só se torna real quando o escritor possui alguma potência o que de certa forma depende de seus seguidores. A coisa se dá mais ou menos da seguinte forma: Deus existe a partir da fé que as pessoas tem nele, oras se for provada a existência de Deus, as pessoas saberão que ele existe, não havendo então necessidade de ter fé, sem fé Deus não mais existirá. O cara que desenvolveu essa tese, após matar Deus, ele foi provar que preto era branco e vice-versa, morreu ao atravessar a rua fora da faixa de pedestres. Crêdito essa informação ao famoso Douglas Adams, autor da série Guia do Mochileiro das Galáxias. O que me faz lembrar de Super Mario Galaxy, mas isso não vem ao caso agora.

Oh, caro leitor, percebes como é fácil para vosso narrador se perder em seus devaneios, não me pergunte no entanto como ele presta atenção nas aulas. Enfim, voltando à história...

28 de jun. de 2010

falando de futebol

É isso aew galéra.
Brasil ganhou de 3 a 0 do chile.
eu resolvi viajar de petrópolis para o rio durante o jogo. Não peguei transito algum.
foi uma maravilha.
Enquanto viajava, estava ouvindo na rádio globo a narração do jogo... pela rádio era um jogasso. A gente nem sabe direito onde está a bola mas sempre são lances lindos e faltas escandalosas. "Kaka faz um lance perfeito para Robinho, domina a bola com exatidão chuta e é gooooooooooooooooooooollllllllllllllllllllllllllllll"

Quando cheguei em casa assisti o resto do jogo na tv. e o 3 a 0 ja estava definido.
uma coisa que me impressionou muito foi o fato de que no dia da final do flamengo tinham menos carros na rua do que nesse dia do jogo do brasil.
Rio de janeiro tem mais flamenguistas do que brasileiros?!?! Bem... Oo

Outra coisa. tanto na tv como no rádio ficava aquele barulho de vuvuzela maravilhoso ao fundo. QUE QUE ISSO MERMÃO. Tem vuvuzela em tudo que é jogo, inclusive do DOOM



Só falta ter no LotR (Senhor do Anéis)... opa já tem

Drogas e pensamentos

Sempre que digo para alguém que curso filosofia, é certo que na cabeça dessa pessoa (caso ela não fale alto para que todos ouçam) ela pensa "uhhh maconha deve rolar solta na facul em".

Ta certo, talvez pela ignorância, muitas pessoas relacionem "pensar" com se drogar. Afinal, existem tantas idéias absurdas, algo que foi tão meticulasamente pensado, que na maioria das vezes não nos serve para porra nenhuma. Não vou aqui citar nomes de filósofos e dizer que eles deveriam se drogar para caramba. Ocorre, certamente, de alguns pensadores famosos se excederem um pouco no consumo, alguns chegam até a afirmar sua necessidade na vida cotidiana(sendo a favor da liberação), como foi o caso de Freud que era a favor da cocaina (créditos à Melina que me contou). Alguns pensadores possuem uma linha de raciocínio tão quebrada que só drogado mesmo para entender o que eles escreveram, eu prefiro nem chegar perto deles.

O pensamento de louvor não presisa de tóxicos. Se para eu pensar direito eu precise me desviar da sobriedade então creio que isto não seja pensar direito. Drogas não servem para pensar. E quem as consome na faculdade, a sua maioria, não quer nada com a vida, e só fez filosofia porque era fácil passar no vestibular. Não estou desmerecendo aqui os que mesmo sob efeito de entorpecentes e narcóticos conseguem elaborar belos trabalhos, mas digo aqui que estes são um péssimo exemplo.

Não me drogo e nem preciso me drogar para estudar filosofia. Nem nenhum outro curso.

Agora uma droga que é divertida... mas que não possui nenhum efeito nas pessoas, é essa maravilha.. hahahah

aproveitem.

8 de jun. de 2010

Mundos diferentes

Um celular toca incessantemente. Alberto atende sem nem encostar no aparelho. Era Brenno perguntando sobre o que ele faria aquele dia.

— Pô! Eu vo pegar minha irmã no aeroporto!
— Ta ligado Dex, que os B's tão chegando aí mais tarde?
— Sério? Nem tava sabendo. Depois bora marcar lá na casa deles então um churras.
— Pode ser. E tua irmã chega que horas?
— Voo de meio dia. Daí depois a gente marca alguma coisa. Beleza?
— Beleza, falô então!

Ao que tudo indicava, nem Brenno e nem Alberto haviam olhado para fora de casa ainda. Eles era uns dos poucos que percebiam o mundo mudado. Para eles aquilo tudo ainda seria novidade, mas, estranhamente, assim que olhassem para fora seria como se soubessem como tudo fincionava.

No avião que vinha de João Pessoa com escala em Brasilia estava Nathalia. Ela ainda não sabia o que se passava na terra de ninguém, no velho oeste brasileiro. Estava inocentemente no avião. Não ia dormir em tal hora da manhã. Incrívelmente, poucas pessoas observam para este fato, mas quando pegamos um avião de qualquer lugar à Leste de Brasilia nós viajamos uma hora para o passado assim que atravessamos o meridiano correspondente à região norte. Porto Velho está incluído nisto. O avião que era uma armação metalica, com turbinas bem modernas ao chegar no território de Rondônia, ao passar a linha imaginária que corresponde a este estado tão desconhecido pelo Brasil, transformou-se. O que antes era uma maravilha da engenharia contemporânea, de subito mudou para um passáro gigantesco, como se fosse no desenho dos Flintstones. Praticamente ninguém percebeu tal mudança, digo praticamente porque uma pessoa percebeu a mudança, mas de certa forma continuou soando natural para ela.

Faltava cerca de uma hora para pousarem em Porto Velho.

25 de mai. de 2010

filmes com as melhores lutas ja coreografadas

Chiranjeevi! Talvez você não lembre do nome, mas esse ator indiano ja deu o que falar na net com um vídeo de 6 minutos com a melhor cena de perseguição ja feita, agora ele dirige um trator e combate pessoas com um "cinto com sinos"?!

bem, o video tmbm tem tudo para fazer mais sucesso no youtube, então aproveitem.

21 de mai. de 2010

O mundo sempre muda

Após uma curta, porém eficiênte, noite de sono, Pedro acordou, abriu os olhos e estava com sua vista turva. Nada que umas piscadas não pudessem arrumar. Olhava para o teto do quarto sem entender direito tudo que havia acontecido. Olhou em cima da mesa e lá estava o caderno que mudou seu modo de ver o mundo, ou mudou o mundo como um todo. Abriu a cortina e logo abriu a janela.

O mundo mudou como um todo, ou apenas em Porto Velho, talvez só no estado de Rondônia. Árvores gigantescas de no mínimo 20 m estavam plantadas por todo local onde não houvessem edificações. Podia-se ouvir o som de folhas secas caindo pelo chão e dos passaros gritando pela manhã. Era tudo muito confuso, sua casa estava intacta, seus aparelhos eletrônicos funcionavam perfeitamente mas ao invés de cidade, havia uma floresta ali.

Saindo de casa notou que para todas as outras pessoas no prédio era como se o mundo sempre fôra deste modo. Todos já estavam acostumados a viver nas matas, com cipovias e onças de montaria. Era algo muito bizarro. Para deixar claro para o leitor, imagine o mundo de "AVATAR" porém em uma escala menor e sem uma mistura de "thunder cats" com "smurfs". Ah e tire também o cabo USB biológico. Rondônia estava assim, e poucos sabiam que ela já foi diferente, e menos pessoas ainda sabiam do por quê?

16 de mai. de 2010

Vida social??? pra q??? 2

Pra quem acha que manja um poco de sinuca ^^

10 de mai. de 2010

trocadalho do carilho

quem sabe fazer propaganda também sabe fazer humor.







8 de mai. de 2010

Star Wars

Eae galera calçadera, seja la quantas pessoas forem, tava vendo uns videos outro dia e achei que esse aqui merecia uma postagem ^^. Dispensa mais comentários

6 de mai. de 2010

tíbia é um osso ou é jogo de viado?

Antes de tudo, eu tenho muitos amigos que jogam tíbia e não são viados. Mas esse cara do vídeo é sim. E não um viado qualquer, mas uma bicha mór.

4 de mai. de 2010

Convite à calçada

Venha amigo. Sente-se nesta calçada, ou se preferir pode encostar em um dos carros estacionados. Aqui no chão temos um refrigerante esquentando aos poucos e alguns copos descartaveis. É assim já há algum tempo, ficamos aqui conversando, discutindo tanto coisas pertinentes como impertinentes. Lógico que esportes e mulheres nos tomam muito tempo, mas também gastamos um papo com assuntos da faculdade.

Caso sinta fome, as vezes pedimos pizza ou um sanduiche-iche. As vezes até simplesmente colocamos uma carne no fogo, mas isso dá muito trabalho e requer mais organização. Porém é fato que sempre conversamos, contamos piadas, falamos dos nossos gostos e desgostos. Ah e já ia me esquecendo, também contamos histórias.

Essa história já aconteceu há alguns anos, os amigos continuam os mesmos. Uma pena que vários estão distantes, quando não em outro município, estão em outro estado e já chegaram a estar até mesmo em outro país. Opa, não posso me perder aqui. Vejamos, de onde eu parei?

Há alguns anos, logo após o grupo sair do casarão...

26 de abr. de 2010

Nova saga a caminho

Aew galera, novos personagens, novos inimigos, novas aventuras.

Muita coisa está por vir com os próximos capitulos da aventura de calçada, uma história bem viajada que tentarei por um conteúdo profundo com um toque de humor se possível, mas todos sabem que eu sou péssimo em contar piadas, e que a minha melhor piada é do português que vai jogar tênis.

Enfim, podem contar com a participação de Igor e Caio, os druídas da fazenda. Nathalia Sobral, a tecnauta de maior respeito entre jampa e pvh.

Novos mitos amazônicos, como o mapinguari e o curupira.

A minha teoria divina, a ontologia da gênese ou a gêneologia ontologica.

Lugares turísticos em Rondônia que iremos visitar e ficará registrado como recomendação.

Isso e outras coisas estarão na continuação da "Aventura de Calçada". Não percam a próxima saga.


Continua... ("to be continued..." como diz no final do Pokémon)

Animations

Videos interessantes, animações bem feitas e com conteúdo

o primeiro eu ja conhecia o narrador da segunda parte do Zeitgeist, ele contava esta mesma história. os outros eu não conhecia nada mas achei muito bacana pra por aqui no blog!

ps.: o último eu peguei do reiqueijão, blog de um amigo meu aqui do rio, me inspirei nesse video pra fazer essa postagem aqui heheh!







O fim do começo

— Vamo sair daqui, procura o Periquito. Ele ta em algum lugar dessa mansão.
— Aqui nem parece mais tão grande. Será que a presença dos vampiros tinha transformado isso aqui num labirinto?
— Sei lá, só sei que é um casarão escuro, vamo lá.

— Periquitoooooo! Pedroo! — Gritavam os amigos em busca do fujão.

Andaram todo o perímetro, procuraram em cada sala escura mas não tinham nem sinal dele e muito menos dos zumbis. Resolveram então sair da casa, chegaram até os carros. Um carro inteiro, uma moto parcialmente danificada, um outro carro na parede da casa, que não parecia estar funcionando corretamente.

— Porra Alberto, precisava quebrar meu carro assim?
— Foi mal Gordo, mas eu não pensei em mais nada, se preocupa não que a parte elétrica eu concerto.
— E o resto po? Quem é que vai arrumar?
— Po esse escort velho? Esquece Paulo, a gente da um jeito.

— E que tal se eu der um jeito?

Todos olharam para o garoto que apareceu perto do portão. Pedro parecia relaxado, segurava um caderno e uma caneta. Da onde ele tirou esses objetos nem mesmo o seu humilde narrador saberia dizer.

— Mandei os mortos para outro lugar, eles são bons ouvintes. E quanto ao amassado do seu carro eu posso arrumar isso agora mesmo.
— O Priquitu, tu bebeu? — Paulo quis agitar com o rapaz.
— Calma pô, jaja vocês vão saber do que estou falando.

Pedro abriu o caderno e escreveu algumas coisas. Como mágica o carro foi se auto concertando, ficou em perfeito estado, parecia até que a kilometragem havia voltado para o zero. Todos ficaram boquiabertos. Isso era realmente bizarro.

— Pronto, novo em folha e se quiser checar a kilometragem, eu te fiz um favorzinho. Pintura nova e tá com um estéreo também.

Olhando bem para o carro, que parecia que havia acabado de sair de um tunning, todos estavam impressionados.

— Então esse é o seu poder Pedro? Concertar carros?
— Não, não. Nem sei direito qual o meu poder, só sei que posso fazer algumas coisas muito bacanas.
— E o que aconteceu depois que você saiu correndo desesperado?
— Nada, eu só saí da caverna. Sei lá, abri os olhos. Pessoal, eu não sei quanto a vocês, mas eu to muito cansado e só quero ir pra casa.
— Amor, eu também to cansada desse lugar, vamos embora.

Mesmo sem ter nada explicado todos concordaram que precisavam de um descanço esse começo de semana não tinha sido nada fácil. Todos estavam confusos, cansados e a maioria sem poderes. A núvem no céu já se desfazia, mostrando o crepúsculo de Rondônia. O sol abaixava lentamente atráz do rio Madeira, o inverso da aurora sempre fôra bonito naquela cidade, bastava terem paciencia para apreciarem o fim da tarde em um mirante qualquer.

6 de abr. de 2010

A morte lhe cai bem - IV - Desespero

Não havia nada que pudesse fazer, a escuridão da casa estava deixando-o louco, talvez já o fosse. Periquito olhava tonto para os lados, a adrenalina que lhe subira a cabeça ja havia passado o efeito agora só lhe restava a depressão, o medo. Pelas janelas vizualizava defuntos andantes, cheiravam a desejo por sangue. Sem poderes, sem armas, sem nenhuma habilidade. Não sabia lutar mesmo após treinar judô, taekwondô, karatê, capoeira e jiu-jitsu. Era um merda em questão de auto-defesa, lutava muito toscamente, na realidade não gostava de brigar. O que ele podia fazer naquele lugar? Estava ali simplesmente para acompanhar os amigos, e no fim das contas acabou fugindo feito um índio que corre do cheiro do mapinguari.

Em sua mente começou a ter lembranças. Tudo aquilo, esse desespero ajudou a pensar melhor, tudo aquilo ele lembrava no fundo. Como se fosse um Deja Vi, ele lembra que ja viu aquilo tudo em algum lugar, melhor do que ver, ele já escreveu isso em algum lugar. "O quê? Será possível que eu fiz essa merda toda? Não pode ser que eu previ esse acontecimento, é mais provável que eu tenha criado esse mundo." "Todos os mortos, toda a dor!" "Todo o sofrimento que as pessoas sentiram e que agora meus amigos sentem ao lutar esses monstros, não é possível que eu esteja fazendo esse mal a eles."

Quanto mais refletia, mais se deprimia, ia se encolhendo no chão até ficar em uma posição fetal. Lá ficou balançando. Desesperado. Zumbis começavam a sentir o cheiro de carne fresca dentro da casa, sorte que a maioria não tinha inteligência para pular a janela ou procurar uma porta. A maioria.

Paulo e Luís não estavam tendo um momento fácil, muito menos Aldo e Brenno. Este último devo confessar que ficou desesperado ao ver que alguém corria ao seu encontro, esse alguém era nínguém menos que sua namorada Luana. A cada segundo que passava a cena ficava pior, pois logo atraz de sua namorada vinha um carro com os faróis altos acesos, ofuscando sua visão, acelerando em sua direção. A cena parecia até estar em camera lenta. Do lado de dentro a mulher monstro estava de costas para a janela, cara a cara com os que foram deixados por Pedro para morrer naquela maldita hora. A luz alta do carro iluminava seu entorno, deixando suas feições imperceptíveis. Ao seu redor luz, dentro escuridão.

Brenno e Aldo seguravam o "irmão" tentando torcer e quebrar seus membros, nada parecia dar certo. Luana ficou para trás, um carro passou veloz do seu lado. Em direção ao seu namorado o carro seguia, dessa vez quem sentia desespero era ela que no susto abriu bem seus olhos, observando os últimos momentos de seu namorado. Ele com certeza seria atropelado, Alberto dirigia feito a irmã dele, não ligava para quebras molas nem sinais fechados, quem diria pedestres atravessando a rua. O carro bateu. Levou parede abaixo, junto de qualquer coisa que pudesse estar próxima. Do lado de dentro a "irmã" estava presa pelos escombros e também pelo carro que estava em cima de seu torso. Alberto abriu a porta e saiu logo para falar com Luis e Paulo.

— Essa aí não levanta mais. Cadê o Pedro?
— Aquele viado saiu correndo e deixou a gente apanhando dessa kenga.
— Ei o Brenno e o Cabeçudo não tavam do outro lado dessa parede? — Paulo jogou a dúvida pro pessoal.
— Caralho, eu só pisei fundo e fechei os olhos cara.
— Porra Albertinhu.

Pois é, como todo mundo já sabe a Luana possui o maldito poder de "empurrar" as coisas quando abre os olhos, por isso ela sempre está com eles bem fechados, como uma oriental, apesar de oriental ela não ter nada. Como ela olhou bem para o namorado e como o namorado estava bem junto do vampirinho e do amigo cabeçudo, todos os três voaram para longe do perigo que era o Dex dirigindo um carro de olhos fechados. Logo numa árvore alí ao lado, eles estavam tontos quanto a "qualquer merda quer que tenha acontecido, isso não estava certo". Luana agora chorava de alegria por ver que seus poderes até então inúteis tinham salvado a vida de seu amor e a do melhor amigo dele. O vampiro sentiu um peso no coração, logo levantou gritanto pela "irmã", saiu correndo em busca dela, levantou o carro e a tirou de baixo.

— Seus vagabundos, ainda vamos acabar com vocês. Vamos irmã, eu lhe protegerei.

Saiu correndo como o vento pelas sombras. O desespero deles tinha passado naquele instante, mas havia ainda um desesperado com certos seres despreziveis por perto. Não sei ao certo se era estranho, mas eles não queriam o sangue, muito menos a carne, do rapaz jogado no chão, estavam caminhando em sua direção sem ódio no coração apodrecido. Talvez pelo fato de ele ser o criador daquela realidade, ou não. Isso tudo simplesmente era muito estranho para ser entendido. Muito estranho até para transcrever, que é o que tentarei fazer depois.

6 de jan. de 2010

A morte lhe cai bem - III - Luta

Estava tudo escuro, negro. No céu as núvens demonstravam a ira de Zeus fosse ele real. Luana dirigia seu carro, preocupada com seu amor. Sentia uma enorme aflição, uma pontada no peito a incomodava. Sabia que algo não estava bem com o rapaz que tinha dominio sobre seu coração. Pelo caminho que seguia, ficava assustada com trovões estrondosos e corpos em decomposição espalhados pelo chão. Sabia para onde estava indo, sabia que não era seguro, nem mesmo para Brenno, então por que seria seguro para ela? Estava só no carro, seguia sem nenhum monstro a lhe seguir, alguns zumbis estavam alí, ela os atropelava facilmente, nada que fosse atrapalhar sua ida até o casarão.

Brenno após o violento golpe no estômago se ajoelhou e apoiou uma das mão no chão a outra na barriga, respirou fundo e tentou se concentrar para não sentir a dor, nada humano bateria tão violentamente sem impulso suficiente, um cara tão esguio não pode ser tão forte.

— Vocês estão atrapalhando o seguimento natural das coisas. Só o mestre poderá comandar de agora em diante, e vocês não ficarão no caminho. — O gótico levantou sua perna como se fosse pisar em Brenno, porém foi surpreendido por Aldo que pulou em cima dele, puxando-o pro chão.
— Vem pra cima, otário. Aqui você não vai conseguir sair. — Preparando uma chave de braço, Aldo já tinha pensado em todos os movimentos necessários para finalizar aquele ser não mais desse mundo. Passar a guarda, raspar, montar, pegar o braço e pronto, caso desse errado ele saberia exatamente como mudar efetivamente para outro golpe, um triangulo naquele homem sem técnica nenhuma de luta seria algo mole.

Alberto se levantou no mato, sua cabeça doía muito. Sua visão ainda estava turva. Pensou um pouco sobre a sua perda de poderes. "Uma lâmpada não consome tanta energia assim!". Sua visão foi melhorando, percebeu melhor o que estava acontecendo, à sua frente via a briga, Aldo ja havia dominado o oponente, Brenno estava ainda ofegante. Ao lado viu os automóveis. Um carro e uma moto, isso poderia ser útil. Uma pena que tivessem alguns mortos vivos rondando por ali. "Eu preciso de um plano." Era a única certeza que tinha.

Pedro, Luis e a parede, digo, e Paulo estavam com muitas dificuldades dentro da mansão. Aquela mulher não era uma pessoa ordinária, tinha força sobre humana e uma sede por sangue que só os que se alimentam dele podem sentir. Uma sede real por sangue. Assim que ela começou a correr em direção ao pessoal Paulo resolveu tomar uma atitude, percebendo que ele era o mais forte dos três ali, entrou na linha de ataque da criatura sombria, armou a defesa e os dois foram de encontro. Gordura não serve só como isolante térmico. É muito eficiente como amortecedor também. Ainda assim a força da investida foi tamanha que levou Paulo ao chão. A menina ficou setada em cima do Gordo, com suas mãos fechadas começou a esmurrar o rapaz. Pedro pegou o taco em sua mão e mirou bem na cabeça dela, com toda a sua força goupeou, a madeira virou estilhaço no impacto. Enfurecida a mulher olhou para Pedro e pulou em direção a ele, gritando. Felizmente foi surpreendida. Paulo a segurou pelo pé e a puxou para o outro lado. Luis já preparado para isso chutou a cara dela. As coisas pareciam estar sob controle lá dentro, no entanto Periquito saiu correndo à procura de algo que pudesse usar. Paulo e Luis lutavam bravamente contra aquela criatura cheia de fúria.

— Seu idiota, acha mesmo que é mais forte do que eu. Você não vai conseguir quebrar nenhum osso meu.
O sugador de sangue que combatia Aldo segurou-o com os dois braços e com a maior facilidade quebrou a guarda inquebrável do cabeçudo. Aldo perplexo se levantou e ficou em posição, preparado para voltar ao combate corpo a corpo.

Brenno, vindo por tras dele, dominou os braços do rapaz, Aldo que observava o agarrão sem demonstrar isso pro narigudo se aproveitou e pulou nele, pegando a guilhotina. Aquilo já não dependia só da técnica de Jiu-Jitsu dos garotos, mas também da força bruta. Brenno aproveitava para fazer torturas com o cara.

Alberto sabia que ainda restava energia dentro dele, enquanto ele respirasse ainda tinha esperanças. Estranhamente os zumbis viraram-se para tras, indo todos em direção a um outro carro que se encaminhava ao local. Dex aproveitou a situação e foi correndo para o carro.

Luana não estava mais nem aí, eram corpos podres que não tinham um pingo de vida, de sentimento, de vontade, ela não. Ela estava cheia de vontade, queria estar junto do Brenno, e mesmo com aquelas dezenas de zumbis vindo em direção ao seu carro, pisou fundo. Strike. Eles foram arremessados feito pinos de boliche, todos cairam definitivamente mortos. Mais mortos do que já estavam. Viu Alberto correr e entrar em um carro, parou do lado.

— Abertinho, o que ta acontecendo?
— AAAhhhh, a chave, cade a chave? Não acredito que o Paulo tirou a porra da chave.
— Alberto, ta me ouvindo? Me conta o que ta havendo.
— Luana!!! Ainda bem que você veio, ajuda a gente. Ta vendo ali do lado. Ta o Brenno e o Aldo lutanto contra um cara.
— Ai, to sim. O que eu tenho que fazer?
— Eu tava pensando em atropelar ele. Mas o Brenno e o Aldo tem que sair da frente. Você pode avisar eles que eu vou fazer isso?
— Ta certo, to indo.

Luana desceu do carro e foi correndo em direção aos amigos. Alberto deu um tapa na cabeça.

— Puta que pariu, eu devia ter ido avisar e ela atropelava os caras. Cade a chaveeeeeeeeeeeeeee. — Ouviu-se só um barulho de ignição.