28 de jul. de 2010

Mundos iguais

Deixe vosso narrador explicar melhor o que estava acontecendo com Rondônia, pois aparenta que ele não consegue ser efetivamente claro em suas narrativas. De fato o estado todo estava mudado, mas não só este estado, outros também demonstravam certas mudanças, talvez por estarem próximo ao rompimento espaço/temporal. Era o caso do Acre, que todos dizem não existir. Acontece que a atmosfera dessa região era altamente fragilizada pelo fato da descrença do resto do mundo nesta área, foi preciso apenas um pouco de magia para transformar tudo ali. As árvores, os animais, inclusive as casa e veículos agora eram coisas inusitadas, muito fantasiosas, do tipo que só vemos em sonhos e obras de arte que copiam os sonhos. Era como se todas as pessoas houvessem saído da caverna platônica e percebessem como era de fato o mundo, ele era aquilo, aquela magia no ar que a tudo transformava, o eterno devir, aquela luta incessante das forças apolínias e dionisíacas que guiam nossas vontades. Mas entendo agora que neste momento vosso narrador está é complicando mais a vida dos leitores, não auxiliando muito para a compreensão do mundo. Esqueça então a parte que começo a falar de Platão ou de Nietzsche.

A magia que foi necessário para tudo mudar provinha justamente de um caderno. Cadernos que podiam mudar a realidade para o que o escritor deseja-se. Mas sua magia só se torna real quando o escritor possui alguma potência o que de certa forma depende de seus seguidores. A coisa se dá mais ou menos da seguinte forma: Deus existe a partir da fé que as pessoas tem nele, oras se for provada a existência de Deus, as pessoas saberão que ele existe, não havendo então necessidade de ter fé, sem fé Deus não mais existirá. O cara que desenvolveu essa tese, após matar Deus, ele foi provar que preto era branco e vice-versa, morreu ao atravessar a rua fora da faixa de pedestres. Crêdito essa informação ao famoso Douglas Adams, autor da série Guia do Mochileiro das Galáxias. O que me faz lembrar de Super Mario Galaxy, mas isso não vem ao caso agora.

Oh, caro leitor, percebes como é fácil para vosso narrador se perder em seus devaneios, não me pergunte no entanto como ele presta atenção nas aulas. Enfim, voltando à história...