18 de ago. de 2009

god damn it! save her.

caraaaaaaaaacaaaaaa
a mel achou uma foto perfeita para postar aqui no blog enquanto outro capitulo não sai. me lembrei muito do dex mas creio que vai agradar a todos que leem o blog.

17 de ago. de 2009

A Sociedade da Calçada - I - O início

O som do tic-tac do relógio de seu quarto começava a incomodar. Pedro sabia que estava acordado, à partir do momento em que ele passa a ouvir sua própria respiração ele tem absoluta certeza que está acordado. Enquanto acordava a empregada arrumava a casa, ele podia ouvir perfeitamente o som da vassoura varrendo o chão, da panela de pressão fazendo seu peculiar barulho, abriu seus olhos e olhou diretamente para seu relógio na parede, onze horas e trinta minutos. “Aff, nem consigo dormir direito”, como se fosse de madrugada ainda. Fez tudo que tinha que fazer, lavou a cara, lembrava bem como havia sido sua manhã, e ele tinha absoluta certeza que aquilo não fora um sonho. Sabia que ainda era cedo para chamar o pessoal para uma conversa, no entanto sabia de alguém que não estava ocupado, Dex.

Alberto já estava terminando sua resenha, quando de dentro da casa vinha sua mãe carregando seu celular, ela entregou o aparelho ao filho e este ficou olhando atentamente para a máquina, sem nem ver o visor já sabia que quem ligava era o Periquito, sabia também que podia muito bem conversar com ele sem nem abrir o celular, mas ainda estava cansado do seu “treinamento” pela manhã. Abriu e começou a falar normalmente.

— E aí Periquito, beleza?
— Opa Dex, tudo tranqüilo cara. Seguinte, ta livre depois do almoço?
— To sim, por que?
— Cara tipo, bora marcar de se encontrar depois do almoço? Acho que a gente precisa conversar com toda a galera sobre o que ta acontecendo.
— Ah cara, bom que cê falo, acho uma boa a gente reunir mesmo, por mim ta de boa.
— Beleza então, fala depois com o pessoal pra marcar em algum lugar, sei lá, na casa de alguém ou na rua mesmo.
— OK Periquito, pode deixar que eu aviso aqui o Suíço e falo com a galera onde a gente pode marcar. Falous.
— Valeu Dex, falou.

Alberto terminou antes o seu trabalho, já estava cansado de ler aquele livro pequeno chamado “vade mecum”. Logo ligou para o Luis, ele já estava indo almoçar quando atendeu o telefonema de Alberto, ainda assim concordou em ligar pro pessoal, mas ainda não sabia onde se encontrariam. Quando Alberto ligou para Paulo este parecia muito intrigado, disse que o pessoal podia ir na casa dele e conversar lá mesmo, ele parecia que tinha ouvido muitas coisas que não agradam aos tímpanos. Assim sucessivamente um foi ligando para a casa ou o celular do outro, todos já sabiam então onde seria o encontro e mais ou menos o horário, que aparentemente estava fixado por volta de duas horas da tarde.

Como é de conhecimento da maioria dos brasileiros, em específico dos porto velhanos, ou como alguns preferem, porto velhenses, o horário de encontro marcado na maioria das vezes não é respeitado, a menos que seja uma hora marcada no médico que sempre faz o atendimento por ordem de chegada ao invés de respeitar a hora marcada ou que você seja um cara que tenta ao máximo ser pontual como é o caso do Periquito, algumas vezes ele chegava na casa dos amigos antes mesmo do dono da casa, esperemos que um dia ele aprenda que ser pontual aqui no Brasil, não é tão legal assim.

Pedro já havia almoçado, e como é de costume na sua casa o almoço sempre saía bem cedo, meio dia e meio no mais tardar. Não queria ficar em casa, estava muito ansioso, queria comentar logo com alguém o que havia acontecido pela manhã. Não suportava olhar para seu Wii, depois da tempestade do dia anterior, quando perdera o “save” do seu jogo, ele não queria nem olhar para o jogo, meses jogando, fazendo tudo, todas as “quests”, pegando todos os itens, pode-se dizer que ele estava brigado com seu vídeo-game, olhava para ele e pensava: “Que decepção”. Sabia que o Alberto ainda não tinha terminado de almoçar, se é que ele já havia começado, então desistiu logo da idéia de ir para a casa do amigo para passar o tempo, resolveu então ir logo para a casa do gordo, afinal faltava tão pouco para as duas horas mesmo, uns trinta minutos não são nada, só meia hora.

A casa do gordo não fica muito longe do apartamento de Pedro, e com sua moto ele chegou lá bem rápido. Tocou a campainha e as pessoas dentro da casa estavam almoçando ainda. Lá já estava Paulo, com um short, sem camiseta, como ele sempre gostou de ficar em casa, abriu o portão de longe, só com um aperto de botão no controle e logo depois que Pedro entrou ele o fechou. Olhou para o relógio, fez um olhar de desentendido, afinal: o que aquele cara fazia tão cedo em sua casa? Tudo bem, não podia proibir ele de entrar, de qualquer forma entraram em casa comentando as futilidades de sempre.

— E aí Periquito, comeu mais rápido que o Goku em dia de torneio cara! Ta cedo pra carai ainda po.
— Hehe, é eu sei, mals aí, é que não tinha nada pra fazer em casa e pensei que não ia ter problema nenhum chegar um pouco antes.
— Ta certo então, só vou terminar de almoçar aqui.
— Quem é que chegou Paulo? — Sua mãe perguntou mas logo viu quem era encostado na porta da cozinha — Ahhh é você Periquito?! Entra aí, sinta-se em casa, quer almoçar?
— Oi tia, a não precisa de nada não, acabei de comer, obrigado. — Respondeu o animal alado com um grande sorriso no rosto.

Ficaram jogando um papo fora, enquanto aguardavam os outros chegarem, falando de jogos e bandas, como se nada tivesse acontecido. Não comentaram nada sobre o que tinham a dizer, Pedro estava bem menos ansioso agora e preferia aguardar a chegada de todos antes de falar o que tinha a dizer, assim como o fazia o gordo, era realmente melhor contar o que queria apenas uma vez. Já pelas duas e quinze começaram a chegar os outros amigos, e mesmo que tivessem algo pertinente a falar preferiam conversar futilidades, mas isso mudou completamente quando todos chegaram, estavam todos reunidos ali na sala do amigo, e sabiam que tinha muito a ser dito. Reunidos agora já diminuíam os assuntos sobre jogos, ou lutas e começavam a puxar mais assuntos sobre o dia anterior. No entanto era melhor organizar mais as coisas, antes que aquilo virasse uma bagunça, sabiam que deviam se ordenar pois o assunto parecia se algo sério. O primeiro a falar foi Paulo.