26 de abr. de 2010

Nova saga a caminho

Aew galera, novos personagens, novos inimigos, novas aventuras.

Muita coisa está por vir com os próximos capitulos da aventura de calçada, uma história bem viajada que tentarei por um conteúdo profundo com um toque de humor se possível, mas todos sabem que eu sou péssimo em contar piadas, e que a minha melhor piada é do português que vai jogar tênis.

Enfim, podem contar com a participação de Igor e Caio, os druídas da fazenda. Nathalia Sobral, a tecnauta de maior respeito entre jampa e pvh.

Novos mitos amazônicos, como o mapinguari e o curupira.

A minha teoria divina, a ontologia da gênese ou a gêneologia ontologica.

Lugares turísticos em Rondônia que iremos visitar e ficará registrado como recomendação.

Isso e outras coisas estarão na continuação da "Aventura de Calçada". Não percam a próxima saga.


Continua... ("to be continued..." como diz no final do Pokémon)

Animations

Videos interessantes, animações bem feitas e com conteúdo

o primeiro eu ja conhecia o narrador da segunda parte do Zeitgeist, ele contava esta mesma história. os outros eu não conhecia nada mas achei muito bacana pra por aqui no blog!

ps.: o último eu peguei do reiqueijão, blog de um amigo meu aqui do rio, me inspirei nesse video pra fazer essa postagem aqui heheh!







O fim do começo

— Vamo sair daqui, procura o Periquito. Ele ta em algum lugar dessa mansão.
— Aqui nem parece mais tão grande. Será que a presença dos vampiros tinha transformado isso aqui num labirinto?
— Sei lá, só sei que é um casarão escuro, vamo lá.

— Periquitoooooo! Pedroo! — Gritavam os amigos em busca do fujão.

Andaram todo o perímetro, procuraram em cada sala escura mas não tinham nem sinal dele e muito menos dos zumbis. Resolveram então sair da casa, chegaram até os carros. Um carro inteiro, uma moto parcialmente danificada, um outro carro na parede da casa, que não parecia estar funcionando corretamente.

— Porra Alberto, precisava quebrar meu carro assim?
— Foi mal Gordo, mas eu não pensei em mais nada, se preocupa não que a parte elétrica eu concerto.
— E o resto po? Quem é que vai arrumar?
— Po esse escort velho? Esquece Paulo, a gente da um jeito.

— E que tal se eu der um jeito?

Todos olharam para o garoto que apareceu perto do portão. Pedro parecia relaxado, segurava um caderno e uma caneta. Da onde ele tirou esses objetos nem mesmo o seu humilde narrador saberia dizer.

— Mandei os mortos para outro lugar, eles são bons ouvintes. E quanto ao amassado do seu carro eu posso arrumar isso agora mesmo.
— O Priquitu, tu bebeu? — Paulo quis agitar com o rapaz.
— Calma pô, jaja vocês vão saber do que estou falando.

Pedro abriu o caderno e escreveu algumas coisas. Como mágica o carro foi se auto concertando, ficou em perfeito estado, parecia até que a kilometragem havia voltado para o zero. Todos ficaram boquiabertos. Isso era realmente bizarro.

— Pronto, novo em folha e se quiser checar a kilometragem, eu te fiz um favorzinho. Pintura nova e tá com um estéreo também.

Olhando bem para o carro, que parecia que havia acabado de sair de um tunning, todos estavam impressionados.

— Então esse é o seu poder Pedro? Concertar carros?
— Não, não. Nem sei direito qual o meu poder, só sei que posso fazer algumas coisas muito bacanas.
— E o que aconteceu depois que você saiu correndo desesperado?
— Nada, eu só saí da caverna. Sei lá, abri os olhos. Pessoal, eu não sei quanto a vocês, mas eu to muito cansado e só quero ir pra casa.
— Amor, eu também to cansada desse lugar, vamos embora.

Mesmo sem ter nada explicado todos concordaram que precisavam de um descanço esse começo de semana não tinha sido nada fácil. Todos estavam confusos, cansados e a maioria sem poderes. A núvem no céu já se desfazia, mostrando o crepúsculo de Rondônia. O sol abaixava lentamente atráz do rio Madeira, o inverso da aurora sempre fôra bonito naquela cidade, bastava terem paciencia para apreciarem o fim da tarde em um mirante qualquer.

6 de abr. de 2010

A morte lhe cai bem - IV - Desespero

Não havia nada que pudesse fazer, a escuridão da casa estava deixando-o louco, talvez já o fosse. Periquito olhava tonto para os lados, a adrenalina que lhe subira a cabeça ja havia passado o efeito agora só lhe restava a depressão, o medo. Pelas janelas vizualizava defuntos andantes, cheiravam a desejo por sangue. Sem poderes, sem armas, sem nenhuma habilidade. Não sabia lutar mesmo após treinar judô, taekwondô, karatê, capoeira e jiu-jitsu. Era um merda em questão de auto-defesa, lutava muito toscamente, na realidade não gostava de brigar. O que ele podia fazer naquele lugar? Estava ali simplesmente para acompanhar os amigos, e no fim das contas acabou fugindo feito um índio que corre do cheiro do mapinguari.

Em sua mente começou a ter lembranças. Tudo aquilo, esse desespero ajudou a pensar melhor, tudo aquilo ele lembrava no fundo. Como se fosse um Deja Vi, ele lembra que ja viu aquilo tudo em algum lugar, melhor do que ver, ele já escreveu isso em algum lugar. "O quê? Será possível que eu fiz essa merda toda? Não pode ser que eu previ esse acontecimento, é mais provável que eu tenha criado esse mundo." "Todos os mortos, toda a dor!" "Todo o sofrimento que as pessoas sentiram e que agora meus amigos sentem ao lutar esses monstros, não é possível que eu esteja fazendo esse mal a eles."

Quanto mais refletia, mais se deprimia, ia se encolhendo no chão até ficar em uma posição fetal. Lá ficou balançando. Desesperado. Zumbis começavam a sentir o cheiro de carne fresca dentro da casa, sorte que a maioria não tinha inteligência para pular a janela ou procurar uma porta. A maioria.

Paulo e Luís não estavam tendo um momento fácil, muito menos Aldo e Brenno. Este último devo confessar que ficou desesperado ao ver que alguém corria ao seu encontro, esse alguém era nínguém menos que sua namorada Luana. A cada segundo que passava a cena ficava pior, pois logo atraz de sua namorada vinha um carro com os faróis altos acesos, ofuscando sua visão, acelerando em sua direção. A cena parecia até estar em camera lenta. Do lado de dentro a mulher monstro estava de costas para a janela, cara a cara com os que foram deixados por Pedro para morrer naquela maldita hora. A luz alta do carro iluminava seu entorno, deixando suas feições imperceptíveis. Ao seu redor luz, dentro escuridão.

Brenno e Aldo seguravam o "irmão" tentando torcer e quebrar seus membros, nada parecia dar certo. Luana ficou para trás, um carro passou veloz do seu lado. Em direção ao seu namorado o carro seguia, dessa vez quem sentia desespero era ela que no susto abriu bem seus olhos, observando os últimos momentos de seu namorado. Ele com certeza seria atropelado, Alberto dirigia feito a irmã dele, não ligava para quebras molas nem sinais fechados, quem diria pedestres atravessando a rua. O carro bateu. Levou parede abaixo, junto de qualquer coisa que pudesse estar próxima. Do lado de dentro a "irmã" estava presa pelos escombros e também pelo carro que estava em cima de seu torso. Alberto abriu a porta e saiu logo para falar com Luis e Paulo.

— Essa aí não levanta mais. Cadê o Pedro?
— Aquele viado saiu correndo e deixou a gente apanhando dessa kenga.
— Ei o Brenno e o Cabeçudo não tavam do outro lado dessa parede? — Paulo jogou a dúvida pro pessoal.
— Caralho, eu só pisei fundo e fechei os olhos cara.
— Porra Albertinhu.

Pois é, como todo mundo já sabe a Luana possui o maldito poder de "empurrar" as coisas quando abre os olhos, por isso ela sempre está com eles bem fechados, como uma oriental, apesar de oriental ela não ter nada. Como ela olhou bem para o namorado e como o namorado estava bem junto do vampirinho e do amigo cabeçudo, todos os três voaram para longe do perigo que era o Dex dirigindo um carro de olhos fechados. Logo numa árvore alí ao lado, eles estavam tontos quanto a "qualquer merda quer que tenha acontecido, isso não estava certo". Luana agora chorava de alegria por ver que seus poderes até então inúteis tinham salvado a vida de seu amor e a do melhor amigo dele. O vampiro sentiu um peso no coração, logo levantou gritanto pela "irmã", saiu correndo em busca dela, levantou o carro e a tirou de baixo.

— Seus vagabundos, ainda vamos acabar com vocês. Vamos irmã, eu lhe protegerei.

Saiu correndo como o vento pelas sombras. O desespero deles tinha passado naquele instante, mas havia ainda um desesperado com certos seres despreziveis por perto. Não sei ao certo se era estranho, mas eles não queriam o sangue, muito menos a carne, do rapaz jogado no chão, estavam caminhando em sua direção sem ódio no coração apodrecido. Talvez pelo fato de ele ser o criador daquela realidade, ou não. Isso tudo simplesmente era muito estranho para ser entendido. Muito estranho até para transcrever, que é o que tentarei fazer depois.