26 de abr. de 2010

O fim do começo

— Vamo sair daqui, procura o Periquito. Ele ta em algum lugar dessa mansão.
— Aqui nem parece mais tão grande. Será que a presença dos vampiros tinha transformado isso aqui num labirinto?
— Sei lá, só sei que é um casarão escuro, vamo lá.

— Periquitoooooo! Pedroo! — Gritavam os amigos em busca do fujão.

Andaram todo o perímetro, procuraram em cada sala escura mas não tinham nem sinal dele e muito menos dos zumbis. Resolveram então sair da casa, chegaram até os carros. Um carro inteiro, uma moto parcialmente danificada, um outro carro na parede da casa, que não parecia estar funcionando corretamente.

— Porra Alberto, precisava quebrar meu carro assim?
— Foi mal Gordo, mas eu não pensei em mais nada, se preocupa não que a parte elétrica eu concerto.
— E o resto po? Quem é que vai arrumar?
— Po esse escort velho? Esquece Paulo, a gente da um jeito.

— E que tal se eu der um jeito?

Todos olharam para o garoto que apareceu perto do portão. Pedro parecia relaxado, segurava um caderno e uma caneta. Da onde ele tirou esses objetos nem mesmo o seu humilde narrador saberia dizer.

— Mandei os mortos para outro lugar, eles são bons ouvintes. E quanto ao amassado do seu carro eu posso arrumar isso agora mesmo.
— O Priquitu, tu bebeu? — Paulo quis agitar com o rapaz.
— Calma pô, jaja vocês vão saber do que estou falando.

Pedro abriu o caderno e escreveu algumas coisas. Como mágica o carro foi se auto concertando, ficou em perfeito estado, parecia até que a kilometragem havia voltado para o zero. Todos ficaram boquiabertos. Isso era realmente bizarro.

— Pronto, novo em folha e se quiser checar a kilometragem, eu te fiz um favorzinho. Pintura nova e tá com um estéreo também.

Olhando bem para o carro, que parecia que havia acabado de sair de um tunning, todos estavam impressionados.

— Então esse é o seu poder Pedro? Concertar carros?
— Não, não. Nem sei direito qual o meu poder, só sei que posso fazer algumas coisas muito bacanas.
— E o que aconteceu depois que você saiu correndo desesperado?
— Nada, eu só saí da caverna. Sei lá, abri os olhos. Pessoal, eu não sei quanto a vocês, mas eu to muito cansado e só quero ir pra casa.
— Amor, eu também to cansada desse lugar, vamos embora.

Mesmo sem ter nada explicado todos concordaram que precisavam de um descanço esse começo de semana não tinha sido nada fácil. Todos estavam confusos, cansados e a maioria sem poderes. A núvem no céu já se desfazia, mostrando o crepúsculo de Rondônia. O sol abaixava lentamente atráz do rio Madeira, o inverso da aurora sempre fôra bonito naquela cidade, bastava terem paciencia para apreciarem o fim da tarde em um mirante qualquer.

4 comentários:

Dexter disse...

ueh ueh agora fiquei na duvida... eu num peguei o carro da lunana? pq q ela tava dirigindo o carro do paulo?

Periquito8 disse...

você correu até o carro do paulo, ela chegou.
aí ela foi correndo (a pé) até a mansão.
por isso você se indagou: por que não peguei a chave do carro dela? por que o paulo tirou a chave do carro?

Liga liga, nooooooo. Aí o carro do Paulo ligou.

Dexter disse...

HUMMMMMM agora tudo faz sentido auehuahe

Periquito8 disse...

hahahahaha po alberto, presta atenção hahahahaah