17 de fev. de 2012

O caçador

A brisa bate suavemente em meu rosto. Pássaros acordam com a aurora que ainda está por vir, mosquitos zumbem no meu ouvido. A natureza já está totalmente desperta e veio me dizer "acorde". O céu, agora, começa a ganhar uma cor diferente do manto escuro que se guardava acima das nuvens. O sol em pouco ira aparecer e dizer que finalmente é dia, a noite foi longa mas agora aproveitem meu calor. Nenhum de nós faz barulho algum, tememos nossa própria respiração.

Apesar de o mundo ser belo, há criaturas horrendas aqui, que não dormem e vivem de nós. Nossa carne, nosso sangue, nosso calor. Alguns de nós as caçam, muitos deles nos caçam. A briga parece desigual mas nós temos algo que eles jamais terão, são incapazes de ter. Esperança.

Ainda assim, mesmo com tantos demônios por esta terra os que mais me assustam são os mais belos. Tenho sorte de não me apaixonar por ninguém. Seus feitiços encantam o mais ético dos mortais. Até o papa seria presa fácil para eles com seus feitiços. Ainda bem que nunca vieram atras de mim, mas eu vou atras deles, é meu trabalho e minha obrigação. Pelo bem da minha terra, pelo bem de meu povo que teme por todo o tipo de monstro que vagueia por essa terra, devo lutar com as armas que Deus me deu e eliminar essa escória das planícies que nos cercam. Sou Marcelo, o caçador de sucubi.

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