18 de mai. de 2012

Fruto de mitos e lendas

Foi-se o tempo em que era fácil exercer uma grande influencia sobre uma cultura toda. Maurício se lembra com carinho daquele momento antes mesmo de a Europa começar a se expandir, antes mesmo de as pessoas começarem a falar. Quantos anos isso lhe dava? Muitos, ele não era o mais velho mas ouviu historias em sua infância, ele mesmo pode aproveitar muito da ignorância dos homens, mais que cem, menos que mil, ainda assim o suficiente para ter muitas lembranças, boas e ruins, e se adaptar ao serviço, não só de sedução mas também à burocracia. Ele ainda era muito jovem, porém já dominava certos truques necessários, os seus favoritos eram os que impressionavam em massa, extremamente necessário para o que ele pretendia fazer, para o que os contos lhe ensinavam. Bastava procurar por um povo qualquer, que fosse afastado de qualquer outro, que não tivesse ainda impregnado em sua cultura aquela terrível noção de bem e mal, não há essa baboseira no mundo, apenas atos, seria tão bom se todos ainda vissem as coisas dessa forma. Tendo encontrado a vila ele começaria seu trabalho, uma aparição mística, com ar de divindade. Com certeza ele era uma entidade, apenas não tão divina como as pessoas pensavam que ele fosse. A partir daí era muito fácil, com sua capacidade de maratonista ele simplesmente efetuava coito com o máximo de pessoas, de preferencia todos da vila, homens, mulheres, velhos, jovens e crianças. O veneno já estava lançado e a veneração ao pênis era eminente. Nem era preciso dizer "venerem meu pênis", até porque ele não estava interessado que venerassem o seu pênis, mas o pênis, não necessariamente o pênis em si, mas o órgão genial. Repetidas vezes ele voltava para as tribos, tornando aquilo um rito anual, mensal, semanal. O que se queria era apenas o bacanal, o prazer.