27 de jan. de 2012

A paixão desenfreada

Após três meses, Mariana sabia o que aquele enjôo significava. Mas eles haviam usado camisinha aquele dia na praia. Maurício a entregou assim que ela perguntou, ela mesma colocou a camisinha nele. Será que a camisinha havia furado? Ela não sabia, Maurício não acusou isto nenhuma vez naquela noite. Poderia ter sido para não preocupa-la, não, a camisinha não estourou, mas pode ser que tenha uma pequena chance dessas coisas acontecerem. Sua paixão por Maurício já subira para um novo nível, e o que ela pensava sentir agora era amor, o mais intenso amor. Se ela não iria ver Maurício novamente, isso só o tempo diria, mas o sangue do sangue dele agora estava em seu corpo. Isso não foi obra do acaso, isso foi destino.

Mariana ganhava a vida no circo, fazia malabares, andava na corda bamba, lia mãos e cartas. Também fazia piercings e tatuagens, sempre garantindo seu dinheiro extra para sobreviver. Ia ser difícil ter um filho com essa idade, mas o amor não iria deixar que nada impedisse. Ser mãe solteira também não seria fácil, mas tinha um rapaz no circo que gostava dela, será que ele casaria com ela? E depressa, antes que a barriga crescesse? Não, ela queria se guardar para o único homem que a fez se sentir viva. Mesmo que isso levasse uma vida inteira, de alguma forma ela achava que aquele bebe que ela carregava, um dia iria trazer o pai de volta.

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