9 de set. de 2009

A Sociedade da Calçada - IV - Incógnitos

– Oiii, ei olha aqui!
– Você aí, para de ignorar a gente, fala com a gente

Suisso ainda ignorava as aparições que chegavam até ele, só podia estar esclerosado, vendo coisas que não são reais. Seus fantasmas pareciam duas crianças, um menino e uma menina, ainda muito imaturos e só queriam um pouco de diversão.

– Poxa, como a gente faz pra chamar a atenção dele, em Ana?
– Já sei e se a gente desse um susto nele?
– Ahhh pode funcionar, no inicio ele se assustava bem fácil, mas agora ele nem liga mais, talvez se a gente chegar de mansinho por trás... MUAHAHAHAHAHA.
– Que risada mais forçada essa Mayc.
– Eiii, é a minha melhor risada maléfica – Pausa – MUAHAHAHAHAHAHA.
– E você jura que isso aí vai assustar ele?
– A é, então vai la e faz melhor então.

Ana foi se aproximando por trás de Luis, quando chegou bem próximo olhou para tras vendo Mayc e mostrando a língua etéria pra ele, deu um risinho cobrindo a boca com a mão e voltou para o seu objetivo. De súbto pulou por cima de Luis e gritou um bem breve “bu”. /ignore. Passou direto, nem uma reação mínima do não mais medroso, aparentemente.

– Hahahahaha, esse é o seu melhor Ana, você não consegue assustar nem o sapo do rio. Você ta mais perdida que surdo em bingo. Hahahahahahaha
– Ah Mayc então faz melhor. Ou então a gente pode chamar o melhor assustador do cemitério, o Pajé In Joe. Ele mete medo até em mim que já tô morta.
– O quê, o Pajé In Joe? Não mesmo eu não tenho coragem de ir falar com ele. Dizem que ele comia criançinhas antes de morrer.
– Dizem também que se você falar o nome dele três vezes ele aparece. Que nem a mulher de branco do banheiro.
– Essa do Pajé In Joe eu não sabia.
– Mhuahahahahahahahahahahaha.
– Nossa Mayc, você melhorou essa risada de repente!
– Ma..ma..mas...
– Que foi Mayc?
– O P.pa..papapapa....pa
– Não foi você que...
– Olá criançasssss.

Bem atrás de Ana havia um homem bem velho, com uma espécie de mascara de osso que lembrava um boliviano e roupas de índio americano, o seu corpo era todo negro, à sua cintura havia um coldre vazio e na fivéla estava escrito “medo”. Ele colocou as mãos nas cabeças das crianças, olhou pra elas com satisfação, as crianças estavam aterrorizadas.

– Então vocês me chamaram aqui com que proposito?
– ...
– Oras criançasssss não tenham meeeedoo. Eu vim aqui lhes ajudar.
–...
– Okay, então seráááá do jeito mais difícil então, vou ter que meter medo em vocês também? – Falou o fantasma apontando para sua fivela.
– Nããããooooooo.
– Também não precisa gritar menininha. Então pelo visto você morreu sendo comida em, pra ter esse pavor. Não precisa se assustar eu não vou te machucar mais do que você já esta machucada. Mhuahahahahahahahahahaha.
– Eiiiii, não meche com ela.
– Ta certo, então vamos direto ao que interessa, pra que falar meu nome três vezesssss. Uma. Duas. Três.
– Fo..fo..foi um engano. A gente tava só comentando. Não meche com a gente, nós só queria assusta um homem, pra ele prestar atenção em nós.
– Hmmm. Brincadeira de criança em... Eu to dentrooooo.
– Não é brincadeira.
– Comé que é garota?
– Não é brincadeira. Esse homem pode ver e ouvir a gente e a gente precisa dele pra ajudar a gente. Só ele tem como saber da nossa morte e vingar a gente.
– Aahhhh... CHATO. To fora.
– Ué o Pajé ta amarelando. Se bem que essa sua mascara aí, é bem amarela mesmo.
– O In Joe não amarela, muleque safado. Se quer ver como é fácil assustar um mané que nem aquele, é mais fácil que comer doce de criança, ou criança doceeeeeeeee. Tudo que tem que ser feito é criar um clima, essa mansão é perfeita. Escura e Sombria.

O grupo caminhava pela mansão, o casarão nunca havia sido visitado por ninguém que estava alí, Brenno havia retirado a lâmpada do bucal e estava segurando-a, enquanto Dex a mantinha acesa. Aquilo tudo mais parecia um labirinto, por fora aquela casa não parecia ser tão grande, com muitas salas e curvas. A lampada começou a falhar.

– Ei Alberto, dexa essa porra acesa cara.
– Ué, mas eu to deixando, é alguma coisa fora da lâmpada.

Paulo olhou atento pra lâmpada, mesmo escuro ele conseguiu fazer um pouco de luz com seu celular, o suficiente para ver que o vidro da lâmpada estava todo preto. Uma pequena película não deixava a luz passar. Logo seu celular ficou no mesmo estado.

– Puta merda, ta escuro pra caralho aqui.
– Eu to mais perdido que filho da puta em dia dos pais – comentou Periquito, tentando trazer um pouco de ânimo pras péssimas novidades.

Apenas Luis conseguia ver um clarão na próxima sala e chamou todo mundo, chegando próximo, um frio lhe subiu a espinha. O leve barulho do vento soprando dentro da mansão era algo que arrepiou até o pêlo mais escondido do seu corpo. Ninguém via luz nenhuma na próxima sala, mas todos sentiam o gelo no ar. Andavam bem devegar, ouvindo os passos e se guiando pelo som, algumas vezes Suisso chamava “por aqui”, ele sabia para onde ir o caminho estava claro como o sol para ele.

Ao chegarem na sala, havia uma mulher, linda, reluzindo por todo o ambiente, Luis só olhava pra ela, caída no chão com aspecto fraco. Foi até ela, pegou-a.

– Você está bem?
– Vixi, num breu desses o Suisso deu pra falar sozinho agora.
– Cala a boca porra, vocês não tão vendo essa mulher aqui não?

Assim que falou isso virou-se para o pessoal, olhando de relance as paredes, cheias de sangue, escrito seu nome vezes e mais vezes, os quadros que haviam na sala mostravam seres de outro plano, diabos e demônios, imagens de torturas da inquisição, seu coração agora batia mais acelerado que carro de formula 1. Olhou de volta para a moça caída, ela olhava pra ele com um olhar calmo, e logo em uma rápida metamorfose, seu rosto ficou mais grotesco que qualquer coisa ja vista antes, nenhum filme de horror seria fiel o bastante àquela imagem tosca, e medonha. “Olá meu salvador”. “Mhuahahahahahahaah”.

– Caralhooo – gritou Suisso se jogando para tras, a lâmpada voltou a iluminar a sala, não havia nenhum quadro, nenhum sangue na parede, de fato a unica coisa estranha alí era Luis caído no chão, olhando para o nada assustado.
– Ouça bem, não me façççççaaaaaa perderrrr meu temmmpo. Dê ouvido às crianças ou eu volto e acaaaabooo com vocêêêêê.

– Nossa ele é bom mesmo – falou Ana.
– A gente contratou o melhor afinal, tinha que ser bom – Completou Mayc.

8 comentários:

Dexter disse...

eitaaa de repente fico cheio de post aeuhauehauhe guenta um poco q vo le td e ja vo postar

Dexter disse...

Dammittt periquito Pajé In Joe foi foda auehauehuaehauh. Mas qm diabos são Ana e Mayc?

ps: quis fazer nenhuma graça com a data da postagem n? ^^

Periquito8 disse...

hahahahaha
a data é bizarra. mas os fantasmas aparecem em datas bizarras

ana e mayc... nomes comuns em porto velho, no povo ribeirinho.
a maioria das meninas tem a terminação ana (uma coisa bizarra) e eu ja conheci muito maicon, maykon, maic, mayc, achei interessante po esse muleke com um nome parecido, hehehe!

Gordo disse...

Mhuahahahahahahaah!!!

prikito ce ta vendo Bleach demais heim...

Tenho q descordar de vc bird...nunca vi nenhum muleki daki de pvh city com o nome de mayc..
poderia ter colocado "Toín" mais bunitinhu!!!

Mhuahahahahahahaah!!!

Dexter disse...

yeahhh Toin eu ja vi varios auehuaheuhaeuh

Periquito8 disse...

porra só de caseiro na chacara ja teve uns tres!

melina disse...

cada vez melhor :)

Brenno disse...

aiuehawehawiuehawhu
concordo com o paulo!!
bleach demais!!
e toin tem mais em porto velho!!
mas convenhamos num ia ficar mtu legal
aiheawiuheawiuhewhuaiwehw
kd o proximo doidooooooooooo????