21 de abr. de 2009

Descobertas - IV - Jogos e sistemas

Dexter estava quase acordado, já conseguia ouvir a sua própria respiração o que era claramente um sinal de estar desperto, apenas não havia aberto seus olhos ainda. De olhos fechados ficou pensando no dia de ontem, e lembrou das coisas estranhas que aconteceram. “Seria aquilo tudo um sonho?” era o que se perguntava ininterruptamente. Ficou pensando em ligar a televisão para ajudar a acordar e já ver se estava passando o jornal da manhã. A TV ligou, e já vieram as vozes da âncora do Bom Dia RO.

— Chuva é causa de mortes e acidentes em toda capital. A chuva de ontem na cidade de Porto Velho, juntamente de um misterioso tremor, é motivo de curiosidade entre os cidadãos da cidade — Logo a imagem da tela vai para uma senhora que foi entrevistada ontem à tarde.

— Nóis só se lembra duma luz, e depois um barulho tipo isprosão, aí o chão começou a tremer e a chuva forte forte. A água tava subino rápido e eu tive que saí de casa. Ah minha filha, tadinha — e a senhora começava a chorar — como nóis vai fazê agora? A minha filha foi levada pela correnteza, a água tava muito forte, nem deu pra ver direito, tava escuro, ai minha filha, minha casa! E agora meu Deus, o que eu vô fazê?

Alberto abriu os olhos, meio que espantado com o fato de a TV estar ligada, e também com o que o noticiário informava. Então não foi um sonho, ontem realmente existiu, e ele realmente tinha algum tipo de poder. Ele sentia uma força correr pelo seu corpo. Pensou em mudar de canal, algo que o trouxesse mais conforto, e logo a TV mudou para o 8. Passava Tom e Jerry. Alberto aproveitou e se levantou, começou então a se arrumar, o dia estava começando um pouco mais feliz. Dessa vez ele sabia com certeza que fora ele quem mudou o canal. Assim que saiu do quarto pensou em desligar a TV e assim ocorreu. O café da manha foi o suficiente para ele, comeu um pão com queijo e isso só levou 47 minutos. Um recorde pessoal. Pensou no que faria essa manhã, afinal acordara cedo, mais do que o normal.
Foi para a sala e olhou para a TV, automaticamente ela ligou. Olhou pro seu Wii e este também ligou. “Jogar sem um controle?”. Sentou-se no sofá, e sentiu-se em perfeita sintonia com o sistema, parte dele via as coisas como todos nós vemos, outra parte dele via tudo em códigos binários. Lembrou-se imediatamente do filme “Matrix”, quando Neo morre e revive vendo tudo em códigos da matrix, com essa leve diferença de ver tudo como zero e um.

Logo entrou no jogo “u r mr gay”, começou a pensar em todas as jogadas, imaginava um pulo e o personagem fazia o pulo. Era como se ele fosse o controle, de tudo. Começou a testar os diferentes jogos, em todos ele conseguia controlar o personagem com extrema habilidade, conseguia perceber todos os movimentos possíveis do personagem. Não conseguia decifrar com exatidão todo o código, até porque isso acabava sendo muito mais inconsciente. Era como se de repente ele soubesse o que fazer, mas não entendia como sabia o que fazer. Sonic, Metroid, Resident Evil, Zelda... Todos os jogos ele conseguia fazer o que quisesse além de saber todas as passagens secretas e códigos de cheats. Foi tudo muito empolgante, saber que os jogos ficariam cada vez mais divertidos.

Numa vontade imensa de passar a manhã toda jogando, pegou também o seu PS2, logo colocou o jogo do naruto. Dessa vez ele era o personagem, no mundo real estava em transe, enquanto no virtual ele era o naruto, ao menos era como se sentia. Selecionou os personagens da luta e logo o combate começou. Estava realmente dentro do jogo, sabia disso. Quando Sakura deu-lhe um soco. “Ai”. Agora ele sabia como doía um golpe de vídeo-game. Mas ele não era o mero dexter, ele tinha poderes, podia fazer tudo que sabia sobre Naruto, clones das sombras aparentavam ser o mais fácil. Com um pulo duplo logo chegou na sua rival, uma sequencia de golpes e ainda completara com um especial. Agora não era mais uma questão de apertar X, ∆, O, □, mas simplesmente de lutar. Por sorte nada ali dependia de seus dotes físicos, mas apenas da capacidade de sua mente decifrar os códigos, permitindo-o a fazer os movimentos.

Sabia a partir daquele momento que poderia ganhar em qualquer jogo. Assim que saiu do transe, sentiu seu rosto doer, de seu nariz saia sangue. O soco de Sakura havia sido tão real quanto o de um lutador profissional, aquilo realmente doera. Alberto deveria ter certeza de que ganharia antes de entrar num jogo. Controlar já era diferente, ele apenas pensava nas combinações e se algo acontecesse com o personagem, Dex sairia ileso. Da próxima vez não daria tempo para o inimigo acertá-lo, lutaria com tudo o que tem. Só precisava praticar mais um pouco.

Foi ao banheiro e cuspiu sangue na pia, olhou no espelho e percebeu que um roxo se formava na sua face. Sentiu-se cansado e tonto. O dia ainda estava no começo para alguns e para ele aparentava que não dormia a dias. Exigira muito de sua mente nas últimas horas, bebeu um copo d’água e voltou pra cama. Na sua cabeça os códigos não paravam de aparecer, todos os aparelhos eletrônicos pareciam chamar-lhe. Estava deitado, colocando o travesseiro na cara para ver se conseguia um pouco de sossego. O computador ligou, a TV parecia estar em 5 canais ao mesmo tempo, o ar-condicionado esfriava mais que uma nevasca no Alasca, inclusive seu ventilador que estava fora da tomada começou a ventilar na maior velocidade.

Alberto então gritou — Chega! — e tudo se desligou. Sua mãe veio para o quarto, assustada com o grito do filho.

— Que isso Alberto? Ta tendo pesadelo agora?
— Quem me dera mãe, eu tô é ficando louco mesmo.
— Tanto vídeo-game não deve fazer bem, vai estudar então, ou ler um livro filho. Mas espero que esteja tudo bem, nada de se estressar a toa viu.
—Ta bom mãe, obrigado.

Sim, livros poderiam ser a solução, nada de chips, ou de sistemas eletrônicos para incomodar-lhe. Logo lembrou-se da resenha que tinha que fazer para a aula de hoje a noite, e foi ler seu texto. Sentou-se longe das máquinas, na varanda parecia ser um lugar calmo o suficiente. Com sua mente presa no texto conseguiu finalmente concentrar-se em outra coisa. Algo que não queria era ficar louco, “já basta o Periquito de louco no grupo”, Alberto sorriu e voltou a estudar.

10 comentários:

Dexter disse...

uaehuaheuahe massa mas q historia eh essa de uma pao com queijo em 47 minutos ser recorde pessoal kisamaaa ^^

Dexter disse...

Caraca.. eu tomei um soco da sakura e sobrevivi? \o/ so foda

Periquito8 disse...

você não... o naruto uhauahauahauahuah

sobralzinha disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk
adoreeeii esse capítulo
cheio d detalhes interessantes

primeiro.. o autor fez pesquisas profundas (cof cof)
a programação dos canais.. o dialogo da senhora e a reporter.. os jogos do wii q betinhu tem.. comandos d naruto (ooohhh)
inclusive uma média de qnt tempo alberto leva pra comer um pão com queijo
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

mas alberto acordando cedo e vendo bom dia ro?!!?
logo se vê q é uma história xDD

segundo.. atitude do personagem foi bem correspondida aos d um nerd
como pedro disse.. coisa d nerd kerer aproveitar o dom pra jogar sem o controle
hueheuheuheuheuheueheuh
(tive essa ideia antes msm de ler)
jogar com a mente.. jogo virtual virar real.. dream *.*

pelo amor d Deus.. alberto n pode jogar CS
sem headshot xDD

tadinha d mami.. alberto agora vai ficar mais viciado em jogos

outro furo.. alberto foi fazer trabalho, estudar em plena manhã ?!?!

mas finalizou bem.. argumento bem fundamentado: "Já basta o Periquito de louco no grupo"

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

bjo turminha
nova componente dos calçaderos
\o/

Dexter disse...

auehauheuahe q diabos ateh minha irma pra confirmar o lance do tempo de comer pão com queijo.

ps: qnd eu li eu tb tive a ideia de jogar sem controle antes de ver na historia... pq sera q isso acontece com a gente?!?

- Hamony disse...

Que maneira a história e quem a está escrevendo, escreve suuuper bem! nada cansativo! bom, parece poesia? isso deve ser meio ruim né? HEIOHEIEHEOIE os diálogos saem, er...da minha cabeça (?) de situações que eu imagino que aconteçam todos os dias com pessoas por aí :] as vezes são sobre mim, mas na maioria das vezes, que nada!

Periquito8 disse...

hahaha!!!
que isso alberto vc tem que reconhecer que foi um recorde sim!!!!
hhahahahaha
o fato de todos nós querermos jogar sem controle ja deve ser algo empírico no universo nerd!!!

ahh só uma novidade aew pra galera, eu to fazendo um curso de jogos de luta la na facul sempre depois da aula eu vou pro cafil jogar um street fighter ou um king of fighters.. heheheheh
e eu tmbm gostaria de não precisar usar os dedos! eles criam calos!!!

sobralzinha disse...

Mais um q se assumiu nerd!!

Periquito8 disse...

eu ja assumi ser nerd a muito tempo atraz!!!
isso ja está explicito para mim!

Brenno disse...

iuheiaheiawuheaiuwheawh
krl doido vcs são nerds demaissss!!!
eu me axava nerd ate ler esse epi e os comentarios...

ou o mais verídico aí foi o recorde pessoal do alberto!!
iuehaiehaiwuehaiwuehaw
realmente 47 minutos foi mtu rapido pra ele, talves ate demais...

vou pro próximo!!!